Aquela música mais famosa do R.E.M.
Loosing my relgion? Não a outra.
Não queria tirar o post anterior do alto desta página. Mas algumas reflexões me tiraram o sono, e se fez necessário.
Talvez o mundo acabe hoje, em função de um gigantesco exercício da curiosidade humana. Pouco provável. Mas quando você põe as coisas em perspectiva, talvez, recriar o big bang na terra não seja das coisas mais seguras que fizemos, então ratifico: pouco provável hoje, mas em um ano quando eles realmente colidirem grandes quantidade de prótons em condições de muito frio e alta velocidade.
Ariscaria dizer que isso tem um certo recalque romantizado de iluminismo, como se dissese "de que vale viver ignorante?".
Confesso que meus conhecimentos dessa física pós-Newton são muito parcos, então não pretendo acusar de absurdo, nem ponderar mais seriamente a possibilidade de um fim. Em vez disso me vi pensando no que isso significaria.
Morte. Sem dúvida nenhuma, talvez lenta e extremamente dolorosa, talvez instantânea e completamente sem aviso, ou alguma coisa no meio desse espectro. Mas é um silogismo até um pouco pobre: fim coletivo implica em fim individual. E assim levanta-se a questão: "morte é certa. E agora o que faço?".
Convenhamos, é uma questão até um pouco cretina. Ou melhor, que revela uma certa dose de hipocrisia, ou no mínimo conivência e acomodação. Por que mudar no final? Desde que entendi que adultos tinham sido crianças um dia, a morte era algo certo. Mas essa é uma postura pouco realista, cristalizada e idealista. Quero dizer, a crítica não impediu que revisitasse uma grande quantidade de coisas não ditas e não feitas.
Tinha a intenção de lista-las. Pelos menos as mais importantes, ou por assim dizer, as mais interessantes. Mas não vou. Conforme a lista se populava, me dei conta, que a parte bonita era muito pequena, até porque em sua maioria já tinham sido feitas e ditas pelo menos uma vez. Por outro lado a parte que se referia as coisas ruins que fiz e que fizeram comigo, parecia se estender ad lacrimae.
O resultado dessa busca não é dos mais fáceis de ser interpretado. Significaria que sou uma pessoa ruim? Ou alguém com um lado belicoso muito inapto e reprimido? Não sei. Mas e se tivéssemos um problema de viés?
Já disse em outra ocasião que, pra mim, é praticamente impossível contar vantagem. Que tenho grande dificuldade em admitir que sou bom em alguma coisa. Mas isso resolve? Seria essa a conclusão? Não me satisfez nem me devolveu o sono.
O podia explicar cada um dos passos que fui e retrocedi madrugada adentro, até chegar aqui. No lugar disso só colocaria a frase que sinalizou o desfecho dessa investigação : Por que lembramos de Hitler tão mais do que de Gandhi?
setembro 10, 2008
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Um comentário:
Sinceramente preferia o post anterior. Esse post me fez lembrar daquele dia na casa do victor quando você disse:
-Queria mesmo era uma pringles, ou então ser atropelado!
Mas... É real mesmo esse esquema de fim do mundo por trombada?
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