Memórias Sangüinolentas e Reticências
É impressionante. Um final de semana excelente (ainda que um pouco introspectivo) cercado de amigos e um bom humor tão grande que sobreviveu duas viagens de van demasiadamente longas, além de uma segunda feira adoentado da ressaca em decorrência (que apesar de incomoda tem sua curtição). Tudo isso por águas em míseros 5 minutos ao telefone.
Não pretendo narrar o ocorrido. Mas os digo que o fato me trouxe à mente a memória, há muito perdida, de um dialogo um tanto desagradável, para não dizer vil. (todos os nomes serão omitidos, a titulo de não denegrir ainda mais certas imagens)
Eu: “ Fulaninha é bem legal até, sabe bastante coisa de música...”
Pessoa: “É né? Definem ela como: bom gosto pra música pop.”
Como assim, definem? Quem define? E desde quando você ouve o que “eles” tem a dizer? E que porra é essa de um gosto musical definir uma pessoa?- Essas e tantas outras eu quis perguntar, mas não, eu era um trouxa in love , e apenas consenti.
Não foi a mesma pessoa que me ligou, e eu não estou apaixonado. Mas deixei de fazer todos os meus comentários de indignação com relação às suas justificativas incoerentes. E também de lado ficaram, todas as palavras significativas e o conforto que eu poderia dar frente ao trágico ocorrido. Parte por receio de piorar ainda mais a situação parte por um fria indiferença.
É difícil dizer algo a respeito. Na realidade é dificil sentir qualquer coisa além de reticências, que tem uma face de de indiferença, mas não completamente. Talvez eu devesse me sentir chateado por o contato ser restabelecido por uma notícia ruim, talvez eu devesse estar triste pela própria notícia. Mas não, apenas reticências...
E por mais bizarros que sejam os fatos, assim como foi o que motivou o último post, eles ainda são fatos independentes de suas razões.
Rude Guy ouve The Toasters- Fire in My Soul, tentando recobrar o ritmo de Camburi.
outubro 20, 2003
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