Necrolatria, Sofrofilia e outros Jackasses.
Motivado pelo comentário do Kensuke, no último post, venho à expor uma idéia há algum tempo incubada.
Alguma vez já pararam pra pensar como o assunto "dor" é um tanto recorrente? Jogue a primeira pedra quem nunca contou pra alguém a respeito de uma cicatriz, ou da vez que quebrou o braço, ou do tombo do skate. Engraçado como o assunto sempre pega, quer dizer niguém fica indifirente, e pior que isso: todos parecem se interessar. Quem já não viu John Knoxville (o jackass) grampeando as costas, em estado de aflição e não conseguio mudar o canal?
E não é só dor fisica, parece muito mais normal falar da dor de ter terminado um relacionamento longo do que do prazer de tê-lo começado. E falo isso meio que por experiencia.
Parece uma coisa já engravada na nossa cultura, daqueles velhos ditos do meio jornalístico: "notícia boa não vende" ou o mais irônico "notícia boa mesmo é tragédia". Me atrevo a dizer que o culto religioso, muito mais antigo que nós, pode estar na base disso: ajoelhar, confessar, ambos carregam a imagem da humilhação. A crucificação uma das formas mais vis e humilhantes de se executar um homem no império romano (imagino como seriam as igrejas se Jesus tivesse sido enforcado ou gilhotinado), e tão logo fazer o sinal da cruz contemplar o símbolo e lembrar da dor e do sofrimento que Cristo se submeteu pela liberdade de seus seguidores.
Parece que o sofrimento engrandece o ser humano (tome Jesus como máximo exemplo disso). Ter sido explorado, humillhado, machucado e ofendido dá legitimidade às palavras de uma pessoa. Como já havia dito Jello Biafra: " I crashed and burnt therefore I am alive"
Não digo que sou diferente, mas realemtne gostaria de entender porque a dor parece ser uam coisa tão universalemnte fascinante.
RudeGuy ouve Queen-Spread Your Wings
agosto 26, 2003
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