março 05, 2005

Ad, Spy, e outros wares
Canalhisse eletrônica e capitalismo

Não faz muito tempo atrás a maior preocuapação das pessoas ao entrar em contato com a internet eram os vírus. Complexas combinações de 0 e 1's que resultavam num código mal intencionado, dificil de controlar, e que fazia pequenas(ou grandes, mas enfim) merdas com os seus arquivos. Me lembro até de um post beeeem inflamdo de um amigo quando seu computador fora infectado, back in 2002.

Até que em algum momento surgiu o Gator. Ele não era um vírus que vinha no seu email, ou naquela cópia pirata do Stracraft (eu nunca vi isso por sinal, mas tem gente que jura que acontece). Esse programa prometia ser uma utilidade de internet, que eu sinceramente não me lembro pra que servia, mas no fim das contas ele só fazia propaganda de um monte de besteira ou coisa assim.

Se existe algum ponto na história dos computadore que pode ser dito "A merda foi feita", é esse.

Varios programas como o Gator apareceram, e evidentemente se aperfeiçoaram. Vindo, como parte integrante de algum outro programa que você realmente precisa (ou acha), eles se instalam com o seu consentimento de uma licensa de usuário ambígua e vaga, que raramente é na sua língua. Eles ficam escondidos rodando em background, ocupando seu processador e sua memória ram, utlizando como um parasita sua conecção a rede e se recusam a deixar o seu Hard Drive, mesmo quando você desinstala o programa original. Mas a título de que?

Bom, eles "descobrem" do que você gosta, bisbilhotando tudo que você vê, lê ou escreve (eles estão no seu email também sabia?). Essa informação conjuntamente com especificações da sua máquina e hábitos de uso, são enviados pra uma central que porcessa isso estatísticamente. E ao mesmo tempo, devolve quais são os enderaços das propagandas que o tal programa deve enfiar na tua fuça.

(Desse jeito quem precisa de agentes da CIA?)

Sempre fui bastante resistente aos serviços online pagos. Não porque eu sou um punk-malvadão-hacker-anticapitalista-do-demo, ou qualquer coisa assim, só que na minha condição de capitalista não quero gastar meu dinheiro com aquilo que posso ter de graça. Pois bem o recente, e odioso, movimento de programas maliciosos nada mais é que um reflexo perverso e distorcido da capitalização do mundo digital.

É simplesmente estúpido demais. É como se as empresas que financiam esse programas (é claro que alguém paga, achou o que?), estivessem usando de caxieros viajantes que arrombam a sua porta da frente e não vão embora mesmo depois de uma visita da políca.
Desnecessário dizer que não confio.
Eu desprezo.