setembro 30, 2003

Segura-me Odin, pois tenho Mjölnir em minhas mãos

Algumas pessoas conseguem se fazer cada vez mais odiáveis. E da pior forma possível: fazendo me, primeiro, acreditar que essa fase já foi superada, logo depois confirmando que não, de forma mais escrota que da última vez.

E eu me esforço. Minha personalidade pede, ou, melhor, exige isso de mim.

Eu não quero odiar essas pessoas.

RudeGuy ouve Nirvana- come as you are

setembro 24, 2003

Tough not too Epic

Então meu amigo franciscano(ele não é monge apenas estudante de direito) voltou da Rússia, e nos mostrou os cartões postais, as fotos incríveis e mais legal que tudo isso duas fardas do exército vermelho. Simplesmente sensacional. Muito interessante como cada coisa que ele mostrava trazia junto de si um pedacinho da história da Rússia: Cada torre da catedral representa uma religião; O lugar onde um fulano morreu defendendo o Czarismo; O forte que num sei quem se refugio da revolução; as estações de metrô que eram arbigos anti-bombas; o mausoleo de Lênin e Stálin, que virou só de Lênin po demanda popular; A praça que foi palco de combate armado contra os alemães, e por aí vai

Isso me deixou muito pensativo: porque a história do Brasil tem que ser tão sem graça? Quer dizer nunca aconteceu nada de muito épico na nossa história, mais ainda antes da nova república. Acho que os únicos episódios remarcáveis(repare no anglicismo sem vergonha) envolvem o presidente Vargas e um revólver, primeiro ele de pijama dando tiro de 38 nos UDNistas que tentavam tomar o poder, anos mais tarde tomando a própria vida no palácio de governo. E não me venham falar dos 18 do forte, aquilo foi romântico e estúpido, pretendidamente épico, mas não o foi nem de longe.

Mas é lugar comum que Getúlio Dorneles Vargas era um homem muito diferente dos seus compatriotas. O Brasil foi o país que não lutou por sua independência, comprou-a (da mesma forma que me sugerem comprar minha carta); nas poucas guerras que se envolveu teve participação minguada, sem ilustres figuras ou grandes glórias. Característicamente é o nosso o país do "jeitinho". O país onde o esforço e o sacrífico são os parelelepípedos do caminho dos trouxas, e ser um trouxa é pior do que ser pobre. O país onde toda ação permeia um mar de segundas intenções mesquinhas, avarentas e ambiciosas. O país onde a palavra, nem do homem mais importante, nada vale. O país onde as leis existem pra serem comprada. O país onde não se tem paciência, onde todos já nasceram sabendo tudo que lhes é necessário. O país que não preza a humildade, repleto de pequenos poderes a cada esquina, sustentados por uma interminável e inintendível burocracia. O país mais individualista, em que a idéia de nacionalismo é apenas um sinônimo de militarismo. Isso tudo sem entrar nos detalhes de Brasil, páis da mediocredade.

O nosso hino, já tanto aclamado como sendo o mais belo pelos estrangeiros, é senão uma grande mentira, uma gigantesca falácia mastrubativa parnasiana. Nossa bandeira, pior ainda, é uma bela piada de mau gosto: Traz escrita nela duas entidades que aqui nunca existiram (ordem e progresso, e dúvido que um dia existirão); E claro as cores bandeiras: representam as matas que sempre destruímos, o ouro que foi todo levado embora e a água (legal a água, duh) ou o céu estrelado que não aparece aqui em São Paulo. Mas acho que não existe nada mais irônico(e representativo de tudo que eu já disse) do que as cores da nossa bandeira sejam as mesmas cores das Armas(brasão) de Dom Pedro I, rei de Portugal.

Pelo próprio tom em que escrevo dá pra ver que não me sinto nem um pouco confortável com tudo isso, e que definitivamente não me identifico com nada do mesmo. O problema é que amanhã é dia de jurar lealdade a esse país, diante da nossa horrosa bandeira repertir palavras idiotas com votos falsos de serviço. Amanhã serei um expatriado mentindo.

Não é a toa que quero tanto ir para o velho mundo.

setembro 23, 2003

Céu Carmesim

Certa vez disse que estranhava pessoas que não tinham nenhum interesse por aprender qualquer tipo de meios de defesa. Hoje eu reescrevo. Eu tenho medo dessas pessoas. E adiciono. Além disso, tenho desprezo por aqueles que não toleram o conflito, que não se aproximam de nada que mencione, até remotamente, violência ou agressão.

Pra infelicidade de alguns, o ódio é uma faceta intrinseca do ser humano. Nega-lo à si mesmo, mesmo que eu ache dificilmente justificavel, ainda é aceitavel; Agora negar o direito ao ódio é a pior restrição de liberdade que pode ocorrer, à sua essência uma brutalidade infame. E hipócrita! Quando motivada pelo "tão nobre" argumento da civilidade e da vida em sociedade, torna-se um defeito pleno e ambulante se auto-atacando. E o pior é que em alguns ambientes mágicos isso não só é possível, como acontece.

Sim eu tenho vergonha, mas eu também tenho muito ódio. E não eu não me esqueci da minha prepotencia. Poupem as piadinhas, o humor não é dos melhores hoje.

RudeGuy ouve Mayssack-Dead Hate Too

*edit:
Motivos deste tão pesaroso animo não é apenas um. Pessoas que mudam de atitude repentinamente, insetos, calor, detran, calor, insetos, examinadores do detran, mães dos examinadores do detran, insetos, calor, instrutores de direção, carros de autoescola e mães dos instrutores do Detran. Ah e insetos também.

RudeGuy humms Misfits-Mars Attacks

setembro 18, 2003

Respondendo a questão da dona Juliana e da Dany (que não tem site): Não, contra os homossexuais eu não tenho nada. Mas tenho dito que pouco tenho a favor.

Me explico. Não sei se é a maior parte, a menor parte, a mais expressiva, ou o que, mas o o fato é que todos os homossexuais que eu conheço entram perfeitamente no perfil "BICHONA". Em especial no quesito "ESCANDALOSA", agora. isso não é direcionado, mas, eu não gosto de nenhum tipo de gente que faz excesso de barulho pra ter as atenções chamada sobre si mesmo. Depois, eu acredito numa coisa chamada respeito, eu não saio na rua dizendo como as pessoas devem ser, então pelo amor das pilastras que sustentam os céus parem de agir como se todo ser homem tivesse um gay preso dentro dele que deseja sair.

Tem ainda mais um fator eu não acho nem um pouco estéticamente agradavel ver 2 homens se beijando. Mesmo porque minha vida inteira eu nunca soube apreciar nenhum tipo de beleza masculina, não é porque é homossexual que muda alguma coisa.

Mas não, eu não me limitarei a falar das bichas de shopping e dos bombadinhos escandalosos. Existe um outro tipo de homossexual, este feminino, que me é uma verdadeira dor nas bolas. Sabe aquela que tem uma cara meio de má, que se veste como homem, e tenta falar como homem? Por isso só nenhum problema. Mas porque se limitar a isso, é comum às pessoas dessa modalidade odiarem os homens. Todos eles. Como se fossemos culpados de algum mal ancestral, e como se ter um pênis fosse o legado, a hernaça, dessa culpa, pela qual nós devemos ser punidos! Ora não me entendam mal, todos tem o direito de odiar (os fundamentos da democracia defendem isso). Agora, não espere que eu vá ficar tranquilo sabendo que pessoas trunculentas (e mais parrudas que eu) me odeiam e fazem questão de dizer isso em alto e bom som.

Claro, evidentemente nem todos os homossexuais são assim, como eu disse, provalmente nem sequer são a maioria. Mas pra infelicidade dos mesmos, todos os homossexuais declarados que eu conheço que se encaixam nesses estereótipos, falo os delcarados por que não são poucos, e logo não me dou ao trabalho de ficar adivinhando se são ou não.

Termino, só pela nostalgia da cena, citando o velinho bebado do metrô: " Pusquê... Esse negócio de homem com homi, mulér com muié...... dá lobisomem e jacaré....... tem pai que é cego. E mãe também...... óóóóó, cala te boca!"

RudeGuy ouve SkinnerBox- Ska for Elaine

setembro 11, 2003

Pensamento Aleatório

A medicina é um des-serviço à humanidade.

Não que eu ache que a vida seria melhor sem ela, ou que os médicos são pessoas ruins com más intenções. Pelo contrário, no ambito individual a medicina é excelente. Basta pensar que no fim do século XVI a expectativa de vida pra uma pessoa bem nascida não passava de 30 anos, hoje nos países mais miseráveis da áfrica a expectativa supera os 45.

Certo individualmente é com certeza uma coisa boa. Mas, e enquanto espécie?

Prolongando a vida dos menos adaptados e permitindo que vivam os incapazes, o processo de seleção natural, que já é incrivelmente lento, praticamente some. Em outras palavras, em termos biológicos, o ser humano nunca cai evoluir!

Rude Guy ouve R.E.M.- Loosing my Religion

setembro 07, 2003

Ódio analisado bio-químicamente ou, da visão de um não usuário

Fazia tempo que não tentavam me assaltar. Mantive a calma superficial e resolvi a situação com diplomacia, uma mentira bem acochambrada e uma sorte fenomenal, mas desnecessário dizer que fiquei consumido por um ódio incrível.

Na hora eu nem percebi, mas houve uma coisa de "combat reflexes". Assim que os radicais livres começaram a correr meu corpo, parecia que já tinha tido 20 minutos de aquecimento e alongamento. Como se alguma coisa estivesse compelindo meu corpo a "descer o cacete", e a mente também muito mais e rápida que o normal. Por outro lado passado algum tempo do ocorrido, eu estava cansado com os braços doloridos e formigando, com uma leve dor de cabeça e uma espécie de depressão decorrente de ódio residual. Me senti usando um estimulante, algo do gênero da efedrina ou da anfetamina.

E hoje é 7 de setembro. Normalmente eu iria pra terrinha, fazer parte do desfile de carros antigos na avenida independência à bordo de um chevrolet 1928, trajando a boininha, fazendo pose e tomando coca-cola em saquinhos. Se estivesse lá, não teria vivenciado as experiencias transtornantes desse final de semana (que além dessa incluem, mas não limitam a: shopping madness, olhos irritados, assédio HOMOsexual....)

Incrível como tanta coisa parece dar errado ultimamente, mas bizarramente eu continuo tranquilo.

setembro 04, 2003

(wet dream)^-1

Durante meu último sono, lembrei, oniricamente, de que um amigo (cujo nome não será revelado para que não seja apedrejado) me dissera a respeito de coisas racionais, como escrita, durante o sonho. Segundo ele o lado esquerdo e direito do cérebro tinha que ficar separados, de modo que se tentássemos ler alguma coisa no sonho as letras se embaralhariam e mudariam de tamanho de modo a ficar initendíveis.

Tendo isso em mente, dentro do sonho (terceira repetição), fui eu atrás de alguma coisa pra ler, e óbivamente ela apareceu imediatamente. Não só que meu amigo dissera não era verdade, como eu podia ler muito bem o que se escrevia, e além disso cada palavra escirta ficava mudando em sinônimos dela mesma, me lembrando do Artur, o louco (professor de história do Anglo). Que ficava repetindo na minha cabeça "hummm ca-la-bresa moííídaaaa!". E logo eu acordei em pânico e com fome!

RudeGuy escova os dentes, escrevendo mais um post fraco.

setembro 01, 2003

Mais um post meta-linguístico

Domingo de noite, eu tinha pensado em postar algo a respeito de um amadurecimento bastante acelerado ocorrido no dia anterior. Tinha até dado um título pra ele: Química Metafórica. E ia abordar o assunto contando a história da Titânia (tanto a ninfa de Posseidon como o óxido de titânio). Mas desse eu desencanei pelo teor meio emo.

Pela manhã eu tive uma outra idéia, falando alguma coisa do Enem, e como as pessoas estão equivocadas em achar que a média deve subir. Mas esse eu já esqueci parcialmente.

Vindo pra casa, no carro da Jul, eu tive uma outra idéia interessante, meio polêmica. Mas essa eu esqueci completamente.

Por fim eu tive a idéia de postar, inspirado no serviço da TVA, algo sobre qualidade de serviços. De como praticamente todas as empresas no Brasil tem potêncial para prestarem execelentes serviços. Entretanto teêm essa expectativa frustada por causa de gente incompetente, principalmente ocupando aqueles cargos cuja função é resolver problemas. São, a grande maioria, incapazes de se posicionar diante de adversidade e de desempenhar a função pela qual são pagos. Então eu me lembrei que uma empresa é essencialmente o pessoal que nela trabalha, e que se essas pessoas incompetentes foram contratadas, houveram incompetencias anteriores encadeadas que permitiram isso. E tão logo, aquele potencial referido no início do pensamento é somente Técnico-Teórico. Mas dessa idéia eu também desencanei quando eu pensei na quantidade de coisas que eu resolvi não postar.

RudeGuy ouve Ramones - Teenage Lobotomy