outubro 20, 2007

O Sangue Dos Meus Inimigos
"Tropa de Elite! Osso duro de roer! Pega um, pega geral! Também vai pegar você!"

Agora pouco eu assisti Tropa de Elite (é confuso falar em termos de "hoje" nessa faixa madrugal de horário). Mas isso você já sabia de ler o sub-título. Mas se estou chovendo no molhado é provavelmente porque vou fazer alguma correlação com o título(aquele maior) e o fato de ter gostado do filme.

Sim, eu gostei do filme. E não, não pratico tortura, nem acho isso algo comendável(já falei sobre isso no passado, mas não tenho link pra posts antigos, como o rato). Provavelmente um dos motivos que mais gostei do filme é que ele mostra algo (ou alguém) dando uma bela tijolada na cara do jeitinho brasiliero. Podemos ficar discutindo a validade, a intensidade e a literalidade do termo tijolada na cara no contexto desse filme (senhor 07, traz a doze!), mas o que me importa é que o malandro toma no cu. O jeitinho brasileiro, esse é o meu inimigo.

Mas que isso tem a ver com a quase poesia em negrito(que mentiria se dissesse que é minha) que está no título? Explico.

Frequentemente quando dirijo sozinho cantarolo músicas dos indefectíveis Zumbis do Espaço. Parte porque meu carro não tem som, parte porque sou idiota mesmo. E Tropa de Elite, tem aquela musiquinha do Tihuana (é deles? é muito cretina pra não ser), que funciona bem como grito de torcida (ou como preferiu meu amigo, um jingle), mas é um tanto quanto vazia.

Mas o fato é que logo após assistir esse filme, que faz repensar meu desgosto com o cinema brasileiro, estava eu despretenciosamente cantarolando umas letras, que percebi tinham algo em comum com a odisséia de Nascimentista. Chegando em casa, percebi que não era muito mais em comum do que me lembrava. MUITO mais.

Realmente não me agrada colocar letras de música aqui, mas por um bem maior farei esta contravenção:

O Sangue dos Meus Inimigos - Zumbis do Espaço

Depois que tudo já foi dito e feito
Nós voltamos vestidos de preto
Para ensinar como se faz
Ninguém consegue nos passar pra trás

Sem tempo pra perder
É matar ou morrer
Vai ter que aprender

Certo ou errado
Inocente ou culpado
Está descontrolado

Perdedores vocês vão aprender
Que ningém pode nos deter
Eu voltei para beber
Beber o sangue dos meus inimigos
O Sangue dos meus inimigos