outubro 17, 2009

"Eu me encontro numa estranha sensação de perda… Entendam, estou me aproximando do final de minha história – e é um final que deve ser classificado… Por falta de uma palavra melhor… Como místico.

Eis o meu problema: a experiência transcendente, quando traduzida em palavras… Bem, francamente, não tem tradução. Talvez uma sucessão de clichês e um pouco mais.
"


Talvez esse 'pouco mais' seja ofensivo, talvez não. Vocês foram avisados.



Soon, very soon
É muito simples desviar de um trem bala, é só não ficar nos trilhos.


Confúcio : Um livro nunca está terminado, o autor é que se dá por vencido.
Proponho que as vezes o autor supera o mote.

Load failed começou como uma brincadeira. Quando todos queimavam pestanas elaborando layouts ambiciosos e artísticos, fui no console do blogger, selecionei tudo e deletei. Assim, do despropósito surgiu um tema.

Provavelmente é vaidade acreditar que tem que se olhar atentamente para achar esse tema. Mas o fato é que não foi algo deliberado, não me propus a escrever sobre isso, mas escrevi. Este blog é filho bastardo de um casal de lésbicas: inépcia e frustração. Entre longos hiatos, e desvairos do autor, deu se a versar sobre as insandices do que é humano. Pobre capeta.

Eventos nerd, filmes de qualidade duvidosa, matemática , rejeição da intelectualidade, IM com mensagens subliminares, esperança, frustração, dia do garçom, violência, relatos aparentemente insípidos, the governator, humor de qualidade questionável, dor, meta-linguagem (em excesso), evolução, Brasil, metáforas, civilização, relato de viagens, estupidez socialista, iluminação, maluf, ironia, vodka, desconfiança, profecias, oportunismo, populismo, botulismo, feudalismo, expansionismo....
Este blog versou sobre tudo isso. Mais de uma vez. Mas a linha que une cada uma dessas cosias por muito me iludiu. Sem humildade, digo que a encontrei.

Não discutirei a causalidade disso, pouco me importa. Tão pouco explicarei o que é: a iluminação não é chegar ao nirvana, mas o caminho que se trilha até lá.

Percepção gera o seu próprio momentum.
E momentum é o que faz aquelas bolas de aço demolirem prédios. E é porisso que agora escrevo.

Olho para o mundo e vejo desepero. E não falo dos famintos, dos doentes, das vítimas de guerra. O verdadeiro pânico está na classe média,urbana, frustrada, amorfa,paranóica, amoral, e demente.

Desisti da sanidade, da santidade e da sabedoria. E assim superei o pânico.

Os sábios ficaram amargurados. E do alto de suas torres de marfim enviaram brinquedos perigosos para as crianças irresponsáveis. A unica coisa que realmente preciso saber é a equação de navier-stokes. Isso e o fato de que ainda somos muito mais animais do que gostariamos de admitir.

O santos tinham propósito. E dentro de tal artefato das idéias, não existe liberdade. É fácil demais viver sem liberdade. Os finais bons só vê jogando no Hard.

Os sãos... é melhor deixar pra lá.

Entendam mal se assim preferirem. Mas não estou descartando, desprezando ou diminuindo nada que aqui escrevi. Estou, sim, sendo crítico e vago.

É preciso destruir para poder criar mais, do contrário estagnamos. E estagnação é um construto humano, desses que dão impressão de conforto. Porque na natureza só existem duas velociadades: crescendo e morrendo.

Já chega, beiro cair na prolixia. É chegada a hora.

Obrigado, meu amigo, muito obrigado. Sabes que mais do que um veículo foste um personagem, com nome, fala, ficha, tudo. Mas seu tempo passou. Adeus.