dezembro 27, 2008

2008
Die, Monster Die!

Espaço é a qualidade da natureza que impede que as coisas esteja todas no mesmo lugar. De maneira semelhante, Tempo é a qualidade da natureza que impede que as coisas aconteçam todas simultaneamente. Recentemente, esta última parece estar quebrada.

Este foi um ano filhadaputa.

Na verdade queria ser inoxidável na criação de qualificantes, como nosso amigo carro velho, para dar toda a dimensão do meu escárnio por esse ano que ainda não passou.

Digo isso porque não me agradam retrospectivas, balanços que sei que vão mostrar números negativos. E por mais que sejam muitos episódios (alguns interessantes po número, outros por qualidade), pormenoriza-los aqui não serviria como exorcismo.

Não sou uma pessoa muito crente em calendários. Afinal datas são abstrações, o começo do ano podia de ser em março ou outubro. E particularmente comparo a eficiência de encher a cara vestido de branco como método pra trazer um ano melhor com cortar zeros para combater a inflação. Mas apesar de tudo isso estou ansioso pra dizer que 2008 passou.

dezembro 21, 2008

Seria isso um Rewind?
2/pi

Quando prestava vestibular decidi que precisva dar um tempo das aulas de bateria. Na verdade suspeito que haviam outros motivos, porque muito raramente estudava. Se de fato existiam não me lembro. Acontece que desde então nunca mais toquei aquele belo conjunto de tambores azuis e ferragens cromadas que ocupam cerca de 30% do meu quarto.

O pensamento já vinha mostrando a cara de tempos em tempos, mas não foi uma coisa de todo premeditado. Durante a semana torpecei mais de uma vez em video-aulas e metodos de aprender sozinho. E sob tanta influência, acabei por tirar o pó da dita cuja, afinar os tambores. Treinei uns rudimentos, brinquei um pouco, mas ainda falta pratica pra desenferrujar.

Interessante notar que conforme afinava, me dei conta que a reverberação no quarto era bastante irritante. Colocando fita adesiva sobre as peles (de forma muito mais inteligente do que tinha feito no passado), me vi pensando em algo que facilmente podeira ser uma questão de vestibular:

Um círculo tem quatro pontos igualmente espaçados sobre sua circunferência. Segmentos de reta unido pontos adjacentes formam uma figura. Quantas vezes a área do círculo é maior que a da nova figura?

dezembro 15, 2008

Pensamentos Migratórios
lullaby

Se isto fosse um twitter me deteria no título. Não é.

Ando insatisfeito com o blogger. Tá certo que toda a história deste projeto de falha está aqui. Inclusive nos comentários perdidos, nas mudaças repentinas de codificação que assombraram os primeiros posts... Alguns ainda carecem da última correção (coisa que não vai acontecer). Apesar da nostalgia, estou de saco cheio desse console cretino. Não estou satisfeito com esse layout que demorou uma vida pra sair, e não ficou como eu pretendia. Farto dessa matemática orkutiana (o console fala que este é o 152, mas se somar os do histórico este será o 148), dessa barra ridícula aí em cima que ninguém usa.

Mais que detalhes, quero uma forma diferente. É muito difícil dizer objetivamente o que é o Fracasso de Carregamento, mas com certeza não é um diário. E nisso o blogger desaponta. Não é pela forma extranha de incluir imagens, ou outros elementos que não texto. Mas a forma sequencial que eles são obrigados a assumir, são elementos essencialmente cronológicos.

Mas divago. Não me mudarei hoje (ainda que queira fazê-lo logo). Prospecto, por hora, wordpress e multiply. Em termos de estrutura o segundo parece mais promissor, porém tem um que de rede social que me repele.

Basta. Preciso dormir.

dezembro 12, 2008

Rápido
?

Queria ler, mas vou dirigir.

dezembro 09, 2008



O conselho Quelônio

Nenhum animal foi machucado ou maltratado para a composição dessa foto. Juro, nem encostei nelas. Estava subindo a escada pra pegar um livro e estavam lá, assim, organizadinhas, até parecia que cada um tinha uma vez de falar.

Não estou insatisfeito com a foto. Mas vou lhes dizer que não me agrada tirar fotos com o celular. Tudo bem reconheço o valor de ter uma forma de registro visual sempre a mão. Algumas fotos ficam legais, como a primeira de dois posts abaixo. Mas na melhor das hipoteses é didático, no ensejo dos recursos limitados. Mas com tão pouco controle (aponta, aperta e torce pra ficar bom) é um pouco desmotivante.

Alias já repararam no tom de desprezo que a qualificação "didático" carrega?
É como se dissesse, presta pra ensinar, mas não atende minhas necessidades.

Enfim, sei lá...


#150
só pra não dizer que não teve título
Eu Já Sabia!
pra enrolar mais um pouquinho...

Tenho coisas mais interessantes que isso pra escrever, tenho mesmo. Mas fica pra mais tarde por que tenho que continuar estudando mecflu... Por hora a resposta da HP em relação ao último post.


Esclarecimento


São Paulo, 08 de dezembro de 2008 - A Hewlett-Packard Brasil Ltda. informa que ocorreu um erro de digitação ao informar o preço à vista do equipamento HP Desktop dx7400, conforme publicação ocorrida no site da HP na data de 06/12/2008. O equívoco é constatado com facilidade porque, além de o preço publicado de R$2,09 ser impraticável para o produto ofertado, o preço informado em 12 parcelas é exatamente de 12x de R$217,71.



Ressaltamos que o preço à vista do referido produto é de R$2.099,00 e que a informação já foi devidamente corrigida no site.



Foda-se, valeu pelas risadas.

dezembro 07, 2008

Shopping Spree?
ROFLMAO

Queria compartilhar com vocês que nessa solitária noite de sábado eu fiz uma aquisição.

Comprei poder computacional: processador de duplo núcleo de 3 GHz, 2 Gb de memória ram, placa de video intel nojenta. Sim é um configuração modesta. Mais eu comprei 8 (oito) deles!

Por que 8? "pra ficar da hora" vezes quatro? "pra ficar muito doido mesmo" 2,6666666666666666666666666666666666666667 vezes?

Também, também... mas é que essas oito máquinas me custaram R$16,72. Isso mesmo, cada um saiu por R$2,09 (dois reais e nove centavos). Finalmente estão reconhecendo o valor da sucata tecnológica sem deslumbramentos do genero "O computador pensa!". E o seu real valor é pouco mais do que uma refeição no bandex.

A origem é o esse link. E como eu suspeito que ele vai morrer logo logo, aproveitei pra tirar um screenshot:



Podia fazer alguma piada relacionando os juros burlescos à crise recente (que finalmente admitiram que Não vai ser uma marolinha). Mas pagar menos do que uma passagem de onibus em um computador tá me tirando a concentração.

dezembro 04, 2008

Industrioso
not so lazy, not so afternoon

Tava despertando, ainda não fazia 5 minutos. O telefone toca, e penso: "caralho, JÁ passaram 8 minutos?!". Não era a soneca. Era a moça do administrativo, dizendo que eu não fosse para o escritório pois estava tendo uma auditoria surpresa da ISO, e eu não tinha tido o treinamento ainda... Voltei a dormir feliz. Três minutos depois o mau humor voltou quando a soneca de fato disparou...

Mesmo assim dormi boa parte da manhã, como há tempo não fazia. De tarde tirei um projeto do papel. As fotos explicam:









Tá o resultado não é nada impressionante, mas fiquei satisfeito assim mesmo.

novembro 30, 2008

Dane-se a Crise!
(a lot) more than meets the eye

Porque aquele gordinho tinha razão: se não tem causas, vai funcionar.


Vontade de tirar fotos....

novembro 27, 2008

Agora Fodeu!
E nem porisso menos nostálgico

Um certo Sr. Paoliello, que me é muito caro, longamente discorreu sobre ironia. Tá, não tão longamente, e o tema não era exatamente esse. Na realidade era uma folha maltrapilha de monobloco, que foi preenchida madrugada a dentro, pra explicar um trabalho. Trabalho esse, em formato de jornal propagandista, sobre uma certa ideologia extrema que foi bastante popular na alemanha.

O trabalho era muito bom, modéstia a parte. Mas carecia dessa explicação pela severa limitação intelectual da professora. Assim, este ilustre amigo escreveu um belíssimo elogio à esta que "é a mais refinada forma de crítica".

Tá certo que o título é irônico (duh!), mas o que motiva ele é isso:

Querem criminalizar a ironia?

novembro 25, 2008

Lusitano
ele-mesmo

Deveria estar estudando. Mas é que a poesia de Fernando Pessoa é tão mais interessante que escoamentos internos laminares incompressíveis e completamente desenvolvidos.

Pra ser sincero, no terceiro colegial tinha uma certa reverência ignorante pelo poeta português. Sabia da importância, mas não tinha muita paciência de apreciar. Me entendia melhor com os um pouco mais contemporâneos como Quintana e Leminski.

Mas hoje por uma inspiração - não sei se divina, mas com certeza de não-estudo- resolvi lembrar quem são os heterônimos e o ortônimo. Li por boa parte da manhã. E apesar da Fase me percebi mais Ricardo Reis do que Álvaro de Campos.

Agora botei na cabeça que quero conhecer Portugal.

Acho que vou comprar um pastelzinho de belém (que deveria chamar de nata, já que não estamos em belém) no habibs, e voltar pra mecânica dos fluidos...

novembro 20, 2008

Fantárdigo! Fantásmico!
estou escrevendo difícil hoje

Não pretendo ignorância da utilidade de citações. Ainda mais entre os distintos leitores deste indigno portulano, acredito que exista, sim, sapiência e reverência para usar das palavras de outrem como aproveitamento de idéias já desenvolvidas para que se construam as suas prórprias. Mas temo que parte dessa certeza se deve a este grupo ser deveras restrito. Enfim, o que quero dizer, é que aproveitarei dessa (e praticamente qualquer outra) oportunidade pra achacar o coletivo dessa desavergonhada raça pretensamente humana.

Mas não é a isso que se refere o título desta insólita entrada. Escrevo porque leio. E lendo descubro o dificilmente crível (e porque não digno de fábula) potencial desta nação-colônia sendo realizado.

Potencial de continuar surpreendendo negativamente! Mesmo a despeito de uma extensa história de decisões que só podem ser qualificadas de ignóbeis, os dirigentes deste curtiço de proporções continentais insistem em demonstrar seu talento em defecar.

Podia falar das conseqüências desta notícia, de como ela dilapida o pouco que temos construído nesse país, de como é equivocada a relação entre motivação e efeito... Podia. Em vez disso, vou me valer da obra de Paoliello e simplesmente dizer:


VAI BRASIL!

novembro 19, 2008

Ignomínia
Make a joke and I will sigh
and you will laugh and I will cry


Tenho uma memória muito estranha de algum lugar entre 1994 e 1995. Lembro de assistir, tarde da noite, numa tv de 14 polegadas sem controle remoto, um pedaço da transmissão de um festival. Era o Phillips Monsters of Rock. Lembro ser moderadamente preconceituoso contra o estilo, como se fosse alguma cosia que os caras maus (representados primariamente pelos Bullies dos filmes da sessão da tarde) ouvissem.

Por outro lado estava gostando do que ouvia e do que via (mal). Até que uma certa hora, na apresentação de uma banda (que tem chances de ser o Iron Maiden), eu vi uma coisa que deixou os cabelos da minha nuca em pé. Uma figura meio gente meio monstro, extremamente musculosa, descia do palco. Na pista ele escolheu uma garota de maneira (aparentemente) aleatória, e conta a vontade da moça, ele a conduz a palco.

Lá em cima, ela é presa a uma geringonça de aparência gótica com duas navalhas brilhantes armadas na região dos pulsos. Então vem o guitarrista, e acionando os pedais daquela máquina macabra, remove as mãos da menina. O sangue jorra forte. Ele toca a próxima música usando-as junto com as suas, como se ensinasse alguém a manipular a guitarra. Terminada a música ele, volta a menina desesperada, repete o procedimento, e suas mãos estão no lugar de novo.

Provavelmente era uma ilusão já combinada, e a menina era uma atriz. Mas me impressionou pra caralho.

-/-/-

Mudando de pato pra ganso.

Só queria comentar que a acostumamos a falar através de citações, é verdade. Talvez por reverência, em reconhecimento da nossa própria falência, de saber que nada do que a gente diz é de fato original. Mas não acredito nisso. Na reverência do ser humano, quero dizer.

Acredito, que fazemos tantas referências por causa de uma coisa que se convencionou chamar de argumento de autoridade. É mais ou menos assim: olha o argumento lógico é tão ruim que nem eu acreditaria, mas tem essas pessoas famosas que acreditam nele. Ou pior, tem esse grupo muito grande de ilustres desconhecidos que crêem nisso. Não é apenas um complexo de inferioridade, é um conceito de superioridade. Ousaria dizer que é um desdobramento moderno do comportamento de matilha. Uma necessidade de fazer parte de um grupo para estar seguro...

Aproeito o ensejo para fazer mais uma citação:

"Um bilhão de moscas não podem estar erradas, coma merda você também"

novembro 16, 2008

Frase Foda
o retorno ao mundo dos aforismos

De quase famosos, assistível, não mais que isso. Mas gostei da frase, e quis registrá-la:

"The only true currency in this bankrupt world... is what you share with someone else when you're uncool. "

novembro 15, 2008

Mais
...

Coisas muito bizarras tem acontecido. E o fato deu esquecer pra lembrar delas no dia seguinte faz a coisa toda um tanto mais estranha. Sabe o que? Não tô entendendo PORRA NENHUMA!
Os Séculos
é coisa das costas

Ontem fiz prova das 19h30 até às 23h. E foi uma só, de instalações industriais. Fazia tempo que não me sentia tão exaurido assim, pra falar a verdade acho que nunca a esse ponto. Evidente que já fiz provas maiores, notavelmente a de vibrações, cerca de um ano e meio atrás, que durou quase 5 horas.

Tentei assistir o Samurai do Entardecer, que passava na tv cultura a hora que cheguei. Parece um filme bastante interessante, mas não saberia dizer mais que isso, minha durabilidade venceu muito antes da metade do filme. Embarquei num sono leve, quase uma consciência torpe, em que a casa estava em chamas, mas eu preferia continuar cochilando no sofá: "depois eu dou um jeito".

Só me levantei dalí, assustado, porque se houvesse de fato um incêndio talvez isso trouxesse conseqüências mais graves para o cachorro e as tartarugas. Ainda desorientado em referências oníricas me certifiquei que as diminutas criaturas estavam bem. E amaldiçoei por não haver fogo nenhum.

novembro 12, 2008

Comecei
Tá, óbvio que não fui eu...

O Wolvie tem absoluta razão nos 3 pontos levantados em seus comentário. Acredito já ter falado bastante sobre os dois primeiros. E o terceiro... bem confesso que não imaginei que, aquele pessoalzinho cabeça fechada não ia eleger um desses tão cedo. Pra não dizerem que é negligência, aí vai:

novembro 07, 2008

Eu Não
haggard wisdom bitterly spits in the face of hate

Não escreverei sob a influência da ansiedade.

novembro 06, 2008

Nem Tanto Entusiasmo Assim
no intervalo

Fazem quase dois anos que executaram Saddam, ditador do Iraque. Nessa semana elegeram outro Hussein pra ser presidente, do mundo inteiro.

"A comunidade internacional" está muito entusiasmada com a vitória do candidato democrata. Estão por aí muito felizes com a história da "prevalência da democracia". Como se o fato do homem ter uma maior concentração de melanina na sua pele fizesse ele de fato diferente. Comicamene a KKK, agora, diz que ele não é negro de fato, apenas mulato. Mas pior que isso, tem quem compare com a (re)eleição de um torneiro mecânico alcólatra que se orgulhar de ter pouca educação. Gente, isso, sim, é racismo.

Mas vale levantar,ainda no percurso eleitoreiro, Obama foi eleito depois de dois mandatos(atenção: 8 anos) do presidente mais desacreditado da história estado-unidense, que conseguiu a marca mais baixa de QI dentre os gestores daquele país, que lançou duas guerras sem sentido contra países subdesenvolvidos e não saiu vitorioso de nenhuma das duas, e que não bastasse viu exlodir na sua mão uma crise de proporções históricas às portas da eleição. Nesse cenário fica impossível não perguntar: Será que Obama ganhou, ou foi Bush que perdeu?

E iria mais além, com um campanha batendo tanto na tecla da mudança e com um grupo de adversários tão desajeitado, quem não ganharia?

No seu discurso de posse o futuro presidente comoveu muita gente, mas foi comedido, escolheu cuidadosamente as palavras:

"O caminho à frente será longo. Nossa subida será íngreme. Nós podemos não chegar lá em um ano ou mesmo em um período. Mas eu nunca estive mais esperançoso como esta noite de que chegaremos lá.

Falta perceber que apesar de haver uma notável diferença nos níveis de concentração de melanina, isso não é suficiente pra que a tal mudança ocorra, por mais extraordinário que isso seja lá. Está eleito o primeiro presidente negro da história dos estados unidos, resta saber se está a altura dos desafios nada triviais que terá de enfrentar.

novembro 02, 2008

Carta a um Nemesis
ou seria um amigo?

Notorious,

Excuse me the lack of treatment, but I cannot find in myself to address you as it would be appropriate.

It's been a long time since our paths last crossed. Back then we served under the same flag. One that no longer exists. I warn you, back then I was too scared of accusing some one such as yourself of treason and conspiracy. And while everyone knows it was not you who did it, we both know that's not the important part. I cannot prove you ordered it, likewise you cannot disprove.

I know not what your intentions are, but the very sight of a poisonous snake such as yourself breeds distrust. And while I have not acquired the slightest piece of respect for your doings, they have not yet ceased to confuse me. And while your words hold no great secrecy as they claim to do, I cannot discern how does that improve your objectives in any way.

I warn you. My late master repeatedly said that one mistake does not authorize another. And long have I heed those words. Your audition will be granted, but should I find you meddling with deception, and plotting my descent once more, I will slay you.
Lab Rat
e a insandice das imagens projetadas

Ontem conversei com o Bruno, que é um primo do meu primo, mas que não é primo meu, e não sou eu (evidentemente) e também não é o Tony Blair. Ele contava de sua banda que já tinha tocado em alguns bares, e que estava indo consideravelmente bem. A banda se chama Cleaver. "Como o machado do açogueiro", ele adicionou.

Nesse momento a primeira coisa que me veio à cabeça foi a arma do primeiro "chefão" do Diablo (aquele jogo do final de 1996). Mas seria isso mais improvável do que essa ser de fato a origem do nome da banda??

OK, eu admito, a palavra insandice não existe de acordo com dicionários, mas deu pra entender.

novembro 01, 2008

52 ways
mas duas são iguais

Não o que é pior, se é a azia permanente, se é a falta de direção, ou se o fato da situação me fazer lembrar da música do caetano veloso.

...

Tá bom, eu sei sim.

outubro 26, 2008

Termodinâmica, Morphine e Turma da Mônica
saxofone, entropia e morphine de novo

A bateria sincopada, o baixo profundo, e a voz cansada ornamentam o saxofone. Tentam dizer alguma coisa nas letras, mas o tubo metalico tem muito mais conteúdo. Não simplesmente uma melodia triste, um jogo de harmonias bem cosntruídas e uma sucessão de tons menores e acordes dissonantes, que dá maior complexidade intelectual à obra.

Layla é uma possibilidade, uma história de ninar (ou seria de tempos ruins?) que mantem as cortinas fechadas. Não conheço essa pessoa, mas as irreversibilidades asociadas ao processo exotérmico de escutar Morphine pouco antes de conseguir dormir tem desdobramentos oníricos interessantes.

Em tempo, vi isso e lembrei de All Wrong(e nesse contexto, daria pra ter lembrado de outra coisa?):

{EDIT} tentei colocar as tirinhas aqui mas elas não se bicaram com o layout do blog (talvez porisso eu não usasse imagens antes), enfim aqui estão os links:

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http://img523.imageshack.us/img523/683/tirinhail8.jpg

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One More Fucking Time
uma confusão até metalinsguística de música, azia, insônia e hereges em um post-surto ingnominioso, e mais curto que o subtítulo

Por aqui, é bem pequeno o número de situações que uma chave de roda resolve.

outubro 24, 2008

Mas será?
mais coincidências

Recentemente teve o caso da menina do CDHU, que também não terminou bem. E alguém diria, como podeira ter terminado bem? Não é tão difícil imaginar: ela viva e ele preso. Em nada me surpreendeu os reacionários boçais dizendo que o tal do promotor não tinha nada que ter se metido e deixado a polícia meter bala nele mesmo.... O que não esperava (ou talvez esperasse, mas nâo queria acreditar) é o número de gente que tem dito isso por aí. E tem coisa interessante ainda acontecendo: ironia do destino ou não, o pai da menina (ex-pm) estava foragido da justiça paraense (ou era maranhense?), onde respondia processo por um suposto assassinato de um governante!

Mas não vou me alongar mais no caso Eloá (tem nome da menina pra ser mais dramático, como o Isabela), até porque ainda tem muito na mídia sobre o assunto. Só irei fazer a seguinte conexão, a ação da polícia foi fortemente criticada. Alguns dizem que a menina poderia estar viva se eles não tivessem mirinzado. De novo.

Alguém lembra do ônibus 174?

Deveria. Foi aquele caso de refens no rio (cidade maravilhosa? rá!), que ficaram sei lá quanto tempo a bordo de um coletivo, num drama televisionado ao vivo. E só terminou com a mirinzada da polícia local matando a refem.

Pois bem, estréia hoje "Última Parada 174". Oportuno, não?

outubro 23, 2008

Sobre Sapos
e Banjos....

Conversei muito ontem. Não falei sobre o tempo, ou sobre minhas experiências da escola, nem sobre o último jogo da ponte, nào estava explicando coisas técnicas que me fascinam, não eram os livros, os videogames ou as músicas os assunto. Falamos sobre os tristes acontecimntos recentes, deixando um monte de perguntas em aberto, propositalmente.

Triste é o único qualificante correto sobre os ocorridos. E ainda que peque em intensidade, é certamente o único que não ficou em aberto. Mas vale perguntar, por que encaramos isso com tanta tristeza?

Essa é uma daquelas questões que está profundamente arraigada. Não sei dizer se em crenças, mas naquele nicho de idéias que ficam os conceitos fundamentais. Tipo onde na matemática fica o conceito de ponto, ou a força no caso da física newtoniana. Veja bem, não é onde estão as retas ou os planos, essas coisas se constroem a partir do ponto. Da mesma forma não é uma questão de chata ou esférica, centro do universo ou girando em torno do sol, evolução ou design inteligente.

Enfim, tudo isso pra lembrar que, num dos brevíssimos julgamentos que fez, meu interlocutor disse: "(...) pra piorar tudo, com tantas opções [de crença], foi foi logo na com menos respostas e menos confortos. (...) Talvez você devesse se perguntar por quê".

Meu caro, (me dirijo a você por lastro de realidade, mas sei do valor introspectivo dessa questão) eu seria mais drástico na descrição: o ateísmo não oferece nem a menor dica de conforto, são poucas respostas e nenhuma promessa. Poderia até ser dito que o ceticismo tem por função descontruir as "certezas" que fazem a existênica mais mágica do que de fato é(Deus fez o homem à sua imagem, alguém?). E tem até gente que vai mais além nos seus ufanismos dizendo que o secularismo é a única opção verdadeiramente humilde.

O grande problema de todas essas conjecturas é que não é uma opção.

outubro 19, 2008

The Hauting
....

Já comentei que fico pouco incomodado quando letras de músicas se encaixam um pouco demais coma realidade? Isso é particularmente assustador quando se trata de uma música do Misfits...

outubro 16, 2008

Slightly Dead
trapaceando em palavras cruzadas

Já não acredito. Nos agentes repressores, na manutenção, na imparcialidade, na itenção benevolente, nos votos "sinceros", nas boas vindas, nas revrencias, nas palavras escolhidas, nos flertes e provocações velados, na matrícula, nos antecedentes, na omissão, no "nada consta", na intenção ausente, na convocção, na conjuração, na abjuração, na transformação, na alteração, aliteração e outras figuras de linguagem.

Eu jogo, sozinho. Os outros competem. Mas só existe um tabuleiro. Se cada um esconder um adaga envenenada para cortar a garganta alheia que lhe interpor os planos, estou na merda.

Pascal não conhecia a teoria dos jogos, pelo menos não como teoria. Ainda sim, seu argumento para acreditar em Deus parece pode ser analisado segundo a proposição de John Nash. Dizia ele, se não existe um Deus (antropomórfico, pessoal, onipresente e onsiciente tal como professado na Bíblia), uma vez findada a vida terrena, os indivíduos teriam o mesmo fim, crendo ou não neste dito ser superior. Por outro lado, se esse Deus de fato existir, aqueles que acreditam, temem e veneram a entidade teriam o paraíso, enquanto os incrédulos estariam condenados para a eternidade. Logo, crer em Deus seria a melhor sáida, garantidamente.

Poderia dizer que Pascal não levou em consideração outros possívies deuses, e que se apenas mais um prometesse aos incrédulos o inferno, e os dois existissem estariamos todos condenados. Mas não é o ponto.

Pascal se esqueceu que acreditar não é uma coisa tal como pressão(sobre a qual ele escreveu magistralmente). Você pode frequentar a igreja. Pode jurar sobre uma pilha de bíblias, e apostar seus pais na sua palavra. Mas nada disso irá mudar o fato de acreditar ou não.

E se Pascal falava em fingir em acreditar... bom prefiro pensar que se existe de fato um deus pessoal, ele será mais condescente com aqueles genuinamente céticos, do que com os falsos fiéis.

outubro 11, 2008

Eu fiz merda, agora vocês tem que me ajudar a arrumar
pra fingir que passou...

Sei lá, não consegui interpretar de outra forma:
Bush afirma que crise precisa de "resposta global séria"

outubro 08, 2008

Sobre-
já não era suficiente?

Fui no velório. Não queria, mas me pediram e não me senti muito em posição de negar. Estava de terno, quis jogar ele fora quando acabou. Confesso que não estava bem, mas tinha gente pior. Bem pior. Consegui manter a serenidade externa apesar de todo desconforto do preparo de inconformação, raiva, tristeza e cansaço que percorria minha entranhas. Desconforto esse que piorou muito quando foi à frente um maldito padre careca, e começou a falar sobre a bondade de seu Deus. E lhes direi, cheguei muito perto de agredir aquele homem de saia.

Vamos deixar uma coisa muito clara. Se você insiste em acreditar num deus antropomórfico onisciente, onipresente e onipotente não farei objeções se você disser que ele é também infinitamente bom. As características anteriores são suficentemente contraditórias para a bondade, ainda que infinita, ser completamente irrelevante. Mas você falar sobre isso, no velório de uma família brutalmente assassinada no dia do aniversário do seu filho em tom de convertam-se ou isso acontecerá com vocês também.... bom acho que vocês entendem onde eu quero chegar.

Saí de lá quando acabou, um pouco antes das 12h. Devia ter ido trabalhar. Não consegui. Tentei segurar o choro, mas quando fiquei sozinho as lágrimas simplesmente não paravam de descer. Não sei o que me passou na cabeça, mas fui pro shopping, com o pretexto de comer, e pensando que a companhia de estranho me secasse os olhos.

De fato secou, mas a angustia não parava de crescer. Sentar pra comer aquele pão com carne que tentei chamar de almoço foi um inferno. Comi menos da metade dele conforme andava infinitamente por aquele circo comercial.

Conforme passavam as lojas, as propagandas, os produtos via como somos estúpidos. Conforme passavam as pessoas sentia o desespero potencial de cada uma, a maldade potencial.... Só vi sinceridade em um senhor que havia sofrido um derrame e pedia (se esforçando) com o que lhe restava da fala uma coroa do burguer king.

Andei e andei. Até que as pernas começaram a doer, e não parecia mais que estava andando, mas flutando sobre os membros inferiores. Quando já estavam passadas mais de quatros horas, me dei conta que não tinha comido metade do dito almoço. Senti enjoo, quis vomitar.

Tentei consumir pra ver se afastava a dor. Comprei um fone de ouvido que estava precisando a algum tempo. Porvavelmente vou achar uma boa compra no futuro, mas não melhori em nada a agonia.

Vim pra casa, e no caminho meus olhos se encheram de novo.

E isso mais do que me bastaria pra descrever um dia ruim. Mas ainda tenho que me deparar com um comentário do cara que ameaçou de morte em maio, sugerindo que eu fui trocado pelo Kurt Cobain (o mentecapto provavelmente nem sabe quem é).

Sei lá, que fase... tenho receios de sair pra ir pra aula, mas vou tentar

outubro 05, 2008

O Retorno do Tema Mórbido
<Will we ever run out of troubles?

Esse tem sido um ano muito muito ruim. Em outra ocasiões continuara com minha habitual acidez:"Pudera, é ano de eleição". E mesmo tendo visto alguns dos horários de entretenimento gratuito, a festa da democracia (ha) não é meu assunto hoje. Alias, me angustia como esse assunto tem sido recorrente, e como todos os assuntos, como sempre parcem levar a um mesmo.

Quando estava na oitava série, tinha de escrever dissertações quase toda semana. Sempre abordando temas "contemporâneos e polêmicos". Pra quase todas elas (se não todas de fato), eu propûs "educação" como solução. E não era demagogia, não me lembro bem dos temas, mas em cada um dos casos me parecia a única solução de longo prazo viável.

Conforme as coisas foram acontecendo, no desenrolar dos anos, fui vendo que essa acepção era um tanto ingênua. Ainda que que ter uma escolaridade decente possa fazer muito por um indivíduo, não é tudo, não pode ser tudo. O que fazer, o que pensar, quando uma pessoa com todos os paramentos pra ecolher a coisa decente a ser feita escolher fazer a coisa escrota?

Hoje como na oitava série vejo quase todos os problemas do mundo apontando pra uma mesma direção. Mas diferentemente daquela época não enxergo uma solução, não em vida. Pior que isso, diria que vejo todos esses problemas escorrerem para o mesmo bueiro.

Não é uma questão de boas maneiras. Matar uma pessoa não é legal. Matar 3 muito menos.

Não acredito no futuro a que se propõe essa espécie. Temos muito poder destrutivo disponível. Não é apenas a promessa do apocalipse nuclear, não é o grande colisor de hadrons, não são tanques, submarinos, helicopteros, metralhadoras, fuzis, escopetas, rifles, granadas, facas, canivetes, cigarros, bebida, pornografia, politica, fraldas descartáveis, rádios, tvs, drogas (lícitas ou não), telefones celulares, canetas, dietas, furadeiras, elevadores, churrasqueiras, robôs, sapatos (de couro ou sintético), cereais matinais, bolachas recheadas... Enfim podia continuar enumerando infinitamente, e nada que eu adiocinasse à lista iria mudar o carater de não culpa dessas coisas. O que quero dizer é que somos incompetentes. Mais que isso, que não temos capacidade de controlar o poder destrutivo que nós memos criamos, que não podemos lidar, responsavelmente, com aquilo que criamos. Ou como aquele sagaz técnico de computação disse: "Senhor, o problema do seu computador está no componente que fica entre o teclado e a cadeira".


Você acredita que somos mais do que animais por que temos um tele-incéfalo desenvolvido e um polegar opositor? por que esfarelamos as pedras, e fizemos cavernas empilhadas? porque deixamos de caçar? por que pegamos os restos mortais de criaturas de eras atrás e transformamos em plástico, sorvete e chiclete? Por que descobrimos a estrutura da matéria, criamos os mercados financeiros e esse negócio que faz contas e a gente inisite em achar que pensa? Não.... isso é só um pano de fundo. Pra deixar as coisas "limpinhas". Na verdade isso é só uma tentativa frustrada de disfarçar, dar uma nova selva para que a sobrevivência do mais apto não seja tão evidente. Um novo campo de batalha pra que a luta de todos contra todos não pareça tõa sangrenta. Por quê? Porque na nossa concepção, sangue não é uma coisa que jorra num ambiente civilizado.

E jorra.


Não gosto do laterna verde, mas o trecho seguinte, sumariza muito do que eu quero dizer:

setembro 28, 2008

Boom, Headshot!
Domingo Bizarro

Não gosto de domingos. Coisas ruins costumam acontecer em domingos, pra que a semana comece pior do que o normal. E hoje foi um dia violento.

Fazendo a longa história curta: um professor adiantou em uma semana a data de uma prova. Mas isso é só o começo. Evidentemente uma parcela grande dos 63 matrículados se indignou, o aviso que a prova mudou para amanhã só foi dado hoje às 15h. Contráriados, escreveram ao docente, manifestando seu descontento.

Agora eu vou lhes dizer, não sei o que disseram, mas a resposta do homem (me questiono se ele merece ser chamado assim) foi violenta. Tem uma clausula no termo de uso do ambiente de ensino a distância que poderia me dar problemas se eu reproduzisse aqui o email dele, mas vou lhes dizer que o conteúdo é vil. É produto da baixeza humana se estendendo como um braço de lama para trazer gente ao seu baixo nível. Francamente, é um pouco triste saber que um homem letrado, dententor de um título de doutor, faz uma coisa dessas. Como disse, é violento.

E eu não acredito em violência gratuita.

E issso vai ficar incólume? Eu trancarei minha matrícula, pois ainda que os créditos me farão falta, não acho que uma cara desses possa me ensinar alguam cosia.

setembro 20, 2008

Alheio
go around and around and around

Certa vez pensei em fazer um post sobre alho com esse título (mais específicamente spbre pizza de alho com borda de alho). Mas este post não é sobre alho. Não sei se é sobre alguma coisa. Certamente não é sobre alguma coisa concreta, como o alho.

Hoje eu fiz a barba no sentido correto, e nem foi tão ruim. Fisicamente.

Tenho sentido que vejo o mundo sem fazer parte dele, ou melhor dizendo sem capacidade de enterferir de volta como gostaria. Pra colocar de uma forma nerd: como se o visse por um proxy laggado. O corpo dói, parece sempre haver mais informação do que tempo para adiquiri-la toda.

Mas, o que isso tem a ver com qualquer coisa? Não sei... Talvez esse seja o real significado de Load Failed. Talvez isso seja apenas mais um efeito (co)lateral de saber que "não existe trabalho ruim, ruim é ter de trabalhar". Talvez seja aquela rouca voz dizendo outra vez que não quer crescer. Não sei.

Ando lendo aquele livro (dito) abominável, escrito por aquele sujeito-biólogo. Encontrei sanidade num pequeno excerto de um certo Betrand Russel, que confesso nunca ter dado muita atenção antes. Achei sanidade, e me agarrei a ela como se fosse alguma coisa signifitiva.

Está aí, pois, como o li:


If I were to suggest that between the Earth and Mars there is a china teapot revolving about the sun in an elliptical orbit, nobody would be able to disprove my assertion provided I were careful to add that the teapot is too small to be revealed even by our most powerful telescopes. But if I were to go on to say that, since my assertion cannot be disproved, it is an intolerable presumption on the part of human reason to doubt it, I should rightly be thought to be talking nonsense. If, however, the existence of such a teapot were affirmed in ancient books, taught as the sacred truth every Sunday, and instilled into the minds of children at school, hesitation to believe in its existence would become a mark of eccentricity and entitle the doubter to the attentions of the psychiatrist in an enlightened age or of the Inquisitor in an earlier time.

setembro 14, 2008

Pseudo-
carborundum

Na longa e solitária estrada, como uma música monótona você ouve o gemido do motor. E pensa naquela pessoa que ficou. Mas seus pensamentos logos estarão caminhando sem rumo, do jeito que sempre fazem. Quando você dirige por dezesseis horas, não há muito o que fazer, apenas quer que a viagem tenha terminado.

Então, à beira da estrada, você entra no restaurante. Enquanto limpa os pés sente os olhares pesando sobre você. Na maior parte das vezes você não consegue ouvir o que dizem, as vezes consegue: os mesmos velhos clichês. Você finge que não te incomoda, mas na realidade quer explodir. Parece sempre estar em desvantagem, sozinho contra muitos, você não ousa se impor.

Tarde da noite, recostado na cama desperto, as vozes na sua cabeça se misturam com o gemido do motor ecoando . E não parece haver nada a fazer. Você apenas queria que a viagem estivesse terminada.

setembro 13, 2008

Discreto
F(u) = \frac{1}{N} \sum_{x=0}^{N-1} f(x) W_N^{ux}\,\!

Todo dia nasce alguém, e nem porisso todo dia é feliz.

Todo dia morre alguém, e nem porisso todo dia é triste. Análogo.

setembro 10, 2008

Aquela música mais famosa do R.E.M.
Loosing my relgion? Não a outra.

Não queria tirar o post anterior do alto desta página. Mas algumas reflexões me tiraram o sono, e se fez necessário.

Talvez o mundo acabe hoje, em função de um gigantesco exercício da curiosidade humana. Pouco provável. Mas quando você põe as coisas em perspectiva, talvez, recriar o big bang na terra não seja das coisas mais seguras que fizemos, então ratifico: pouco provável hoje, mas em um ano quando eles realmente colidirem grandes quantidade de prótons em condições de muito frio e alta velocidade.

Ariscaria dizer que isso tem um certo recalque romantizado de iluminismo, como se dissese "de que vale viver ignorante?".

Confesso que meus conhecimentos dessa física pós-Newton são muito parcos, então não pretendo acusar de absurdo, nem ponderar mais seriamente a possibilidade de um fim. Em vez disso me vi pensando no que isso significaria.

Morte. Sem dúvida nenhuma, talvez lenta e extremamente dolorosa, talvez instantânea e completamente sem aviso, ou alguma coisa no meio desse espectro. Mas é um silogismo até um pouco pobre: fim coletivo implica em fim individual. E assim levanta-se a questão: "morte é certa. E agora o que faço?".

Convenhamos, é uma questão até um pouco cretina. Ou melhor, que revela uma certa dose de hipocrisia, ou no mínimo conivência e acomodação. Por que mudar no final? Desde que entendi que adultos tinham sido crianças um dia, a morte era algo certo. Mas essa é uma postura pouco realista, cristalizada e idealista. Quero dizer, a crítica não impediu que revisitasse uma grande quantidade de coisas não ditas e não feitas.

Tinha a intenção de lista-las. Pelos menos as mais importantes, ou por assim dizer, as mais interessantes. Mas não vou. Conforme a lista se populava, me dei conta, que a parte bonita era muito pequena, até porque em sua maioria já tinham sido feitas e ditas pelo menos uma vez. Por outro lado a parte que se referia as coisas ruins que fiz e que fizeram comigo, parecia se estender ad lacrimae.

O resultado dessa busca não é dos mais fáceis de ser interpretado. Significaria que sou uma pessoa ruim? Ou alguém com um lado belicoso muito inapto e reprimido? Não sei. Mas e se tivéssemos um problema de viés?

Já disse em outra ocasião que, pra mim, é praticamente impossível contar vantagem. Que tenho grande dificuldade em admitir que sou bom em alguma coisa. Mas isso resolve? Seria essa a conclusão? Não me satisfez nem me devolveu o sono.

O podia explicar cada um dos passos que fui e retrocedi madrugada adentro, até chegar aqui. No lugar disso só colocaria a frase que sinalizou o desfecho dessa investigação : Por que lembramos de Hitler tão mais do que de Gandhi?

julho 28, 2008

Tributo Sucinto
<3

Quintana escreveu, no seu Caderno H com uma única linha, um poema-pergunta chamado Exame de Consciência. Eis:

Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?

Com 3 anos, humildemente, proponho uma resposta: na festa junina de um amigo.

julho 26, 2008

Mais uma da República dos Bananas
Excelentíssimo senhor ministro, vá grampear do ânus da senhora sua mãe!

Não gosto do governo brasileiro. Não gosto do atual, nem dos anteriores. Não gosto da forma de gestão anárquica, dos jogos partidários. Não gosto do desrespeito com o cidadão, nem (citando o finado Jeferson Péres) da inerente dilapidação do capital ético deste país promovida por este grupo.

Mas ainda existem coisas que me deixam perplexo. O Brasil tem um ról de acontecidos que não podem ser definidos como outra coisa se não patéticos. São situações absurdas, que não sei se devo rir desesperadamente ou chorar. Situações tais quais Dom João VI propondo anexar a Guiana Francesa, como forma de retaliação às ações de Napoleão na Europa. Uma idéia cretina, que por incrível que pareça foi revisitada mais de uma vez no século 20.

Pois bem, a declaração do ministro da Justiça Tarso Genro, nesta última Quinta-Feira, cai dentro dessa classificação, ainda que de forma um pouco mais branda. Ele disse:

"Chegamos a um ponto que temos que nos acustumar com o seguinte: falar no telefone com a presunção de que alguém está escutando."

Seria uma injustiça (rá!) tirar a frase de contexto, gerando um alarde sensacionalista (viu, me enSinaram) de que está pra se instalar um governo big brother. Pra minorar um pouco a patetice da coisa toda, o ministro disse que esse tipo de coisa poderia ser feito por indivíduos e instituições privadas "dado o grau de sofisticação que a parafernália eletrônica chegou".

Não, senhor ministro. A parafernália eletronica não alcançou algum grau muito especial de sofisticação recentemente. Na verdade me lembro bem da farta oferta (especialmente pelos anunciantes na gritando nas ruas) desse tipo de aparelho no centro de São Paulo, a mais de 10 anos atrás.

A escuta telefônica é uma invasão de privacidade muito séria, e ainda que não cause danos materiais facilmente quantificáveis, é sem sombra de dúvida uma forma de de violência. E como o senhor deve(ria) saber, a violência é monopólio da polícia em um estado de direito.

A declaração entra pra galeria da infâmia não por ser um paralelo cretino a dizer que qualquer um pode morrer num semáforo, mas por estar claramente atestando a incompetência da parafernália judicial e policial deste país. Parabéns!

julho 22, 2008

Desgaste Cultural
um post apenas isso, parecido....

Esse post se parece (talvez bastante) com outros. Tanto aqueles de autoria minha, como de outros (principalmente de outros). Talvez o motivo pra isso é que vou falar de filmes que estão no cinema, o que é algo acessível a todos (não exatamente verdade). Talvez o motivo pra isso é que trato de alguns assuntos fundamentais já tratados (sem produnidade alguma) neste blog (só o que posso dizer com certeza, é que estou inventando desculpas para plagiar trabalho alheio).

Antes de começar com minhas opiniões queria fazer um pequeno experimento. Queria que todas as pessoas que ainda não assistiram Batman peguem um lápis, ou uma caneta (lapiseira também serve). É sério! Parem de ler e busquem uma caneta! Não continuem sem uma!

Agora, coloquem a caneta em sua mão entre os dedos indicador e anelar. Como se estivesse fazendo uma saudação Vulkan. Pros menos letrados em Star Trek (benditos sejam) nosso amigo Kensuke teve a bondade a paciência de elaborar uma montagem muito mais profissional que a minha, com o Hiro ilustrando esse incrível procedimento:


Agora com a mão que está livre aperte os dedos da mão que segura o lápis, com bastante força.



Dói pra caralho, né? Bom essa é a punição de vocês por não terem visto o novo filme do batman. E isso sumariza o que eu tenho pra dizer sobre o filme.


Agora pra falar de algo menos agradável: Cinema Nacional. Assisti Nome Próprio. Mas só fiz isso porque fui enganado por uma sinopse fajuta e mentirosa. Vejam vocês que beleza:

"A história de Camila, uma jovem mulher empenhada em se tornar escritora. Sua vida é sua narrativa. Intensa e corajosa ela deseja que sua literatura seja um ato de revelação. É um filme sobre a paixão de Camila e seu esforço para bancá-la."

Não que a sinopse diga muita coisa, mas o pouco que diz faz pensar que seja um filme sobre uma pessoa que escreve muito, e que esse é o foco do filme. Não é.

Como assim sua vida é uma narrativa? Não é um exagero de pretensão achar que a vida de alguém não seja?

Eu poderia explicar minuciosamente(e provavelmente vou) como todo esse negócio de escrever está em segundo plano, mas por hora reescrevo a essa sinopse da seguinte forma:

"A história de Camila, uma jovem mulher metida a moderninha, que acha que vai escrever um livro. Sua vida é uma prostituição. Não remunerada. Desleixada e desprovida de amor próprio, ela escreve nas horas vagas (que são poucas apesar dela nunca trabalhar). É um filme sobre como o ser humano pode ser idiota, mesquinho e arrogante."

Podem me chamar de retrógrado, ultrapassado, reacionário, não me importo. Nada que disserem (ou filmarem) vai me convencer que viver uma vida de café frio, cerveja quente e cigarros tortos, em uma casa suja é legal.

Não é simplesmente uma questão de não ter gostado da personagem principal (que deveras odiei). Mas o filme como um todo. O enredo(particularmente a parte que trata a escrita) é colocado em segundo plano pra essa estética glamour-lixo, pretensamente chocante com um monte de cenas de gente pelada e alusões a sexo.


Enfim, se vocês estavam pensando em assitir Nome Próprio, assistam Batman: O Cavaleiro das Trevas. Do contrário vou ter que pensar em outras punições.

julho 17, 2008

Brasil País do Futuro
rárárárá



Sei lá, até ia falar alguma coisa, mas não precisa.

julho 05, 2008

Back to a promised land
Which the gods forgot

Eu preciso de férias. E que as coisas comecem a dar certo.

maio 21, 2008

William and the Morbid Blog
....

E depois de tudo isso, não é que me ameaçaram de morte?

maio 19, 2008

Reticências
sabe, três pontinhos?

Só pra deixar claro, não quis, no último post, soar como um sovina-classe-mérdia-alta-metido-a-cidadão-de-bem que acha que pobre é ladrão. Quis fazer uso da linguagem chauvinista pra criticar essa posição vazia que não vê o problema, e não se atreve a esboçar alguma idéia de solução que não incorra em assitencialismo.

Enfim....

Esses tem sido dias bem difíceis. Tá bem foda ser um pouco mais que um espectro esquálido encarando o canto da sala. Já racionalizei. A dor é em grande conta fruto do egoísmo, seja de ter perdido a pessoa ou de não ter dado todo o carinho que a pessoa merecia. Mas é tolice acreditar que isso minora a dor. Ou se de fato o faz o efeito tem sido desprezível.

Nem porisso abandono a auto-crítica, e posto uns trecinhos auto-críticos de uma música (outra?!).



there's a boy in crimson rags with a grimace and a spoon, and a little sullen girl face-up staring at the moon
and there's no one around to hear their lonesome cries
then they pass away alone into the night

why do we pity the dead?
are you churned by emotion from voices in your head?
look at all the living and you'll ask yourself why
oh why do we
pity the dead?

well, you've seen the disease, suffering and decay,
and you whisper to yourself blissfully "it's okay"
and you still refuse the possibility
that the dead are better off than we

why do we pity the dead?
are you scared of the logic that swirls within your head?
look at all the living and you'll ask yourself why
oh why do we
pity the dead?
pity the dead

tell me what you see, tell me what you know
is there anyone who lives a painless life?
if there is show me so
the destitute and famished, demonic and the
banished, dejected and the ostracized, the
brainwashed and the paralyzed, the conquered
and objectified, the few who see the other side
tell me what you see! It's a mortal wretched cacophony

(let's go)

in the end you may find there's no guiding subtle light,
no ancestors or friends, no judge of wrong or right
just eternal silence and dormancy
and a final everlasting peace

why do we pity the dead?
are you churned by emotion from voices in your head?
look at all the living and you'll ask yourself why
oh why do we
pity the dead?
(why do we)
pity the dead?
(why do we)
pity the dead?
(why do we)
pity the dead!

maio 16, 2008

Indigestão Social
aborígenes, morte e nazistas

Na manhã desta quinta feira morreu o professor Wellington Branco. Não era muito proximo, nunca tive aulas com ele, mas sei bem como ele foi importante pra equipe da guerra de robos. Sei que era uma pessoa extremamente acessível, sempre muito disposto a dar as suas opiniões e ajudar com aquilo que não era trivial pros outros.

A morte é provavelmente a única coisa que podemos ter certeza sobre a vida. O que me incomoda é que o Branco não foi atropelado por um playboy bêbado. Ele também não tinha alguma doença crônica que se agravou. Não foi nem mesmo um ataque cardíaco fulminante. Ele recebeu duas peças de chumbo que se moviam a algumas centenas de metros por segundo. Uma pessoa matou ele. Intencionalmente.

Estou certo de que muita gente se sente revoltada. Querem vingança, como quiseram fazer com as próprias mãos no caso da menina morta pelo pai e a madastra. Um amigo disse que não nutrisse esse tipo de sentimento, pois provavelmente os bandidos morreriam logo, ou acabariam virando mulherzinhas em algum presidio boca de brejo.

Na realidade não é a brutalidade criminosa que me tira o sono. O fato é que vivemos numa sociedade pretensamente civilizada. Mas essa proposição, de viver nessa utopia que nós chamamos de civilização é tão hipócrita que nós permitimos que uma coisa dessa aconteça. Faço a seguir uma humilde tentativa de equacionar a merda que estamos fazendo à margem da nossa "tão linda" sociedade:

Existe uma parcela (que não é nada pequena) da sociedade que vive em estado de calamidade, que não tem acesso a infra-estrutura básica, não tem educação de qualidade (grande parte passa quinze anos no ensino público e sai analfabeto funcional). Não tendo uma "formação diferenciada", o indíviduo desse grupo tem que se humilhar nos trabalhos mais ingratos, e aceitar por eles um saláio miséria (e se não aceitar vão ter que sair, porque alguem vai aceitar). Assim o ciclo se realiementa, porque não vai poder dar pros seus filhos a oportunidade de serem educados decentemente.

Convenhamos, não estou falando de nenhuma novidade aqui. Nessas condições é tão difícil mesmo entender porque uma pessoa desiste de levar uma vida honesta, pega uma arma e em 1 hora ganha mais do que ganharia em um ano de trabalho? Para os mais chauvinistas, coloquem na ponta do lápis, mesmo com o risco (que convenhamos é apenas moderado) de se terminar na prisão, ou morto, é um "investimento muito interessante dado o perfil do investidor".

Como podemos mudar isso? Não pretendo ter uma resposta, e não pretendo discutir prós e contras de políticas diversas. O que quero dizer sobre isso é que nossa "maravilhosa civilização" do alto de sua hipocrisia egoísta tem muito pouca vontade de mudar isso. E não é questão de o que um ou muitos podem fazer...

Tem um filme da propaganda nazista que se chama o Triunfo da Vontade. Acredito que esse seja um título exageradamente adequado. Não há dúvidas que Hitler foi um depravado que catalisou o toda a frustração Alemã de ter perdido a guerra, e ter imposta sobre si um monte de pesadas sanções que estavam levando o país ao colapso. Mas o ponto é exatamente esse, só existiu um "império do mal"(como nós gostamos de pensar, pra nos afastar desse horror), porque as pessoas daquele país, naquele momento queriam que aquilo acontecesse.

Por que será tão fácil querer o mal pros outros?

abril 28, 2008

Vida de Consumo
um dia de cada vez
uma barra de serotonina de cada vez


Quando era pequeno achava ter a resposta de uma questão que achava ser de fundamental importância pro mundo. E achava que essa resposta me daria o mundo. "Por que os adultos não conseguem se criativos como as crianças?". "Porque se preocupam demais com perguntas sem resposta". Mal sabia o filósofo infante que saber que a preocupação é exagerada pouco ajuda em eleminá-la.

Sim, esse é mais um daqueles posts desiludidos. Mas meu amigo religioso me disse que escrever é também exorcisar, e de certa forma ele está certo. E não seria isso um propósito?

Já manifestei que não tenho grandes expectativas de um futuro promissor em termos de trabalho. Pelo menos não nesse país. E por promissor não quero simplesmente dizer economicamente interessante, não é uma questão só de ganhar bem, nem de honrar o sacrifício de uma formação insalubre, nem de ter tempo pra mim e minhas coisas, nem de ter que conviver com outras pessoas de índoles variaveis. E podia citar mais um monte de coisas, mas a verdade é que isso tudo entra numa (estupidamente complexa) matriz hamiltoniana de otimização que é simplesmente muito desanimadora com os parâmetros que estabeleci.

O desmistificar das coisas ainda me é um pouco estranho. E irremediavelmente remete à essas questões sem resposta. Podia discutir qual é o sentido da vida, ou de onde viemos, pra onde vamos, qual é a resposta pro universo, a vida e todas as outras coisas. Mas a verdade é que isso não levaria a lugar algum.... de certo não aqui. Confesso, entretanto, que optei por respostas que não convivem bem com o orgulho humano das tradicionais doutrinas do ocidente. Quer dizer, somos mesmo tão diferentes de abutres brigando por uns pedaços de gordura queimada?

De qualquer forma, uma das respostas pelas quais optei diz que viemos de uma nada mística reação química exageradamente complexa. O que me leva dizer, desconstruindo nossa sociedade consumista, que acreditamos tão complexa e evoluída, nada fez além de criar formas complicadas, complexas e desprezívies de se elevar os níveis de serotonina.

E no fim o que quer dizer tudo isso? Que em última análise, exorcizar pode ser sim um propósito, mas no fundo só quero aumentar meus niveis de serotonina.

abril 23, 2008

De Novo
...

A tempo venho planejando um post amargo e auto-crítico (diria contemptuoso, mas temo pelo anglicismo exagerado). Queria falar sobre como tenho visto as ditas vastas opções de empregabilidade que me prometeram minguarem. Não quero estagiar em administração. Não quero me matar de trabalhar em fins de semana e feriados, nem que seja pra fazer fortuna numa consultoria insossa.

Deveria arrumar um estágio pro semestre que vem. Me formar no próximo ano. Mas o prognóstico de ter passado 6 insalubres anos estudando alguns dos tópicos mais difíceis que um curso de graduação pode oferecer, pra não trabalhar com isso... é no mínimo frustrante. Há algum tempo eu tenho pensado em prestar concurso, ingressar como engenheiro nas forças armadas.

Parece uma solução fechada, dessas que eu sou muito crítico. Tem como ponto forte sair da classe de civil, uma remuneração incial boa, poucos descontos, uma série de auxílios, e trabalhar na área.

Provavelmente o que mais me interessa é esse último ponto, já que nesse país sívicola se forma engenheiros pra empregá-los como vendedores e manutentores de coisa desenvolvida fora. Mas a parte de deixar de ser civil também me apela, não ter que mais participar desse bacanal imoral que são as eleições, e poder exigir respeito de polícia. Ah sim.... essa parte é porque eu fui abordado hoje de novo, pela quarta vez no ano.

(que merda de post)

abril 01, 2008

Consummatum Est
MENOPALZACOMOFAS///

Acabou. O dobradinha angustiante de estudo e aniversário está terminada. Já estão completos os vinte e três anos, já esta feita a prova de controle discreto. E pior que a prova tava foda....

Agora pra melhorar um pouco tou gripado, com dor de garganta e sem voz. Nessas horas a idéia do Wolvie de comerar um ano a menos faz mais sentido!

Just for laughs:







março 28, 2008

Parabéns, por quê?
The Winds of Mars are Blowing Strong Again

Logo mais eu completo 23 anos (apesar das provocações não vou fazer 63). Por mais que quisesse reunir a few good men, não vou, tenho prova na segunda e a maratona de estudos já começou (tou em horário de almoço, esperando a marmita).

E nessa época eu começo a pensar, de novo. Quero dizer, completo mais uma volta ao redor do sol. Isso requer mesmo um ritual comemorativo? Estamos mesmo comemorando mais um no vivo? Sério mesmo, qual o mérito nisso?

Provavelmente isso é mais uma herança daqueles tempos insalubres e "incivilizados" que sobreviver já era um mérito considerável. Mais um indicador de como somos silvícolas. Acho que todo ano penso em escrever sobre isso, mas não quero me estender muito. Não é como se tivesse alguma pretensão de resposta pra essas perguntas.

On a completely different matter, tenho duas cosias pra dizer, a titulo de registro:
-Abriu um Frans Café em barão geraldo, resta saber se é 24 horas (aposto que não)
-Tenho tido a estranha sensação que uma guerra (de verdade, não tipo a do iraque) está pra eclodir, não são apenas sonhos recorrentes, mas um monte de coisa aletória parece me dizer isso.

março 24, 2008

.


Ciente de que escrevo complicado, estou fazendo um esforço pra deixar bem claro a todos os filhos (e principalmente filhas) da puta de QI reduzido que estou cheio.

Estou de saco cheio de pessoas que cortei da minha vida, que por algum motivo doentio acham que devo lhes algo. E por causa dessa percepção depravada fazem da minha vida um inferno, provocando minha namorada gratuitamente e distribuindo uma infinidade de alfinetadas que gradualmente comprometem minha sanidade.

Não sei se são ações instintivas ou meticulosamente calculadas. Sinceramente pouco me importa, porque estou farto de toda essa palhaçada, de gente maligna e invejosa querendo destruir minha vida. Vocês podem tomar nos seus cus, porque eu não fiz nada que justifique esse tipo de tratamento escroto. Espero que essas atitudes imbecis levem vocês longe, bem longe, de mim.

Muitas vezes já escrevi sobre como esse mundo é involuído e selvagem. Pois bem, mais do que os ignorantes, acredito que os culpados por isso sejam vocês, providos, mesquinhos e egoístas, tentanto destruir a felicidade alheia em suas meias de 150 reais. E sinceramente, nesta uma ocasião gostaria, muito, de que houvesse mesmo um deus, justo e implacável, para eu conseguir dormir acreditando numa retribuição divina na forma de chamas eternas.

Se o que foi escrito acima ainda é complicado demais, tenho uma frase que resume tudo de forma bem didática: Se você acha que eu devo algo pra você, vai tomar no cu.

março 20, 2008

E teve aquela vez que eu morri na Coréia...
?!

março 18, 2008

Excerto de uma Discussão Cretina
Why do I even bother?

Tá, eu não gosto de ficar professorando minhas crenças. Mas algumas demonstrações de ignorância me incomodam demais, parecem provocação. Copio um pedaço da interlocução e uma estatística pra dar peso às minhas afirmações. Vocês devem saber quem é quem.

-(...)Assim se você não for bom você vai pro inferno. Ou seja, se não existisse Deus, não haveria motivo pra fazer o bem.
-Veja bem colega, Deus é um péssimo motivo pra fazer coisas boas. Você ajuda alguém porque se não Deus te fode, eu ajudo alguém porque acho isso certo, e não por medo.

Agora a estística. Nos EUA, cerca de 75% da população se declara cristã, enquanto apenas 10% afirma não ter um religião. Interessante que dentro das prisões, os do primeiro grupo são 80% e os do segundo 0.2%.
Queria dados da tribo Brasileira, mas não consegui encontrar nada.

março 13, 2008

A New Hope
segurando os cavalos

Podia colocar o batido "a long time ago, in a galaxy far far away" no subtítulo, mas não estou mais tão confrotavel com a sua inerente cafonisse. Cafona talvez, mas nem por isso menos apropriado uma vez que pretendo falar de coisas já perdidas na minha infância, e logicamente, de Star Wars.

Não lembro ao certo quantos anos tinha, lembro de ir à casa do meu tio e não encontrar minhas primas mais velhas. Não lembro se era por causa do anivérsário, ou pelo natal que passara a pouco, lembro que meu tio tinha duas caixas pra mim. Uma X-Wing e uma TIE-Fighter. Sinceramente não tinha a mais vaga idéia de que naves eram aquelas, o que eu sabia é que, com partes móveis e luzes, elas eram demais. Pra agravar, naquele nebuloso período fim-dos-80-ou-começo-dos-90 , combates de naves espaciais com lasers era máximo.

Brinquei muito com as naves, normalmente pilotadas por comandos em ação. Era evidente qual delas era "do mal". Mas foi só alguns anos depois, quando sairam os VHS com os filmes remasterizados, que vim a conhecer uma das mais incriveis obras da mitologia contemporânea. Foi uma paixão imediata. Quem, em sã consciência não iria querer ser um piloto ou um jedi.

Via os filmes e de novo, com crescente admiração. E quando eu já sabia qual seria a próxima fala, descobri que existiam livros (alguns dos quais são excepcionais). E acabava por ser Star Wars grande parte do imaginário da época, criava novas histórias, persoangens, planetas, naves.

Qual não foi a vibração com que esperei a estréia da tal Ameaça Fantasma.... O grande problema de uma expectativa frustrada é a negação. Assisti o filme numa Avant-Premiére (acho que nunca mais faço isso na minha vida), e por mais que eu tentasse me convecer do contrário, sabia que tinha sido uma grande merda. Mas "é só o primeiro, ele ainda é uma criança, o próximo vai ser melhor". O próximo veio, e nem foi tão ruim, apesar do imbecil interpretando o futuro Vader.

Interessante como as cosias são cíclicas. A conjunção dos laços abertos no segundo episódio e o trailler do terceiro filme, foram suficiente para levar minhas expectativas mais uma vez às alturas. Por outro lado assisitr o filme em si foi enfadonho, e quase sai antes do final.

Não vou falar de como eu fiquei emputecido com Revenge of The Sith. Já fiz isso (ainda que o filme mereça ser apedrejado outra vez). Porém em reflexões recentes, me peguei pensando que até tinha um ponta de gratidão de que esse filme fosse tão ruim. Quer dizer, depois dele nunca mais tive vontade de comprar action figures, jogar os jogos, ler os livros, ir em convenções. Mais do que isso, essa violentação do legado da trilogia original desmistificou o vilão mais assutador e completo que ja existiu, e assim toda a história ao redor dele.

Não vou tentar explicar muito mais, essa figura meio que resume o sentimento:



Mas esse post (e eu ia ficar sem metalinguagem?)não chama a new hope simplesmente porque é o nome do episódio 4, e o primeiro filme da séire que eu vi. Sim existe uam esperança. Aparentemente, aquele ilustre senhor, George Lucas, percebeu que profundamente desagradou sua fan-base com a trilogia recente. E capitalista como Gene Simmons, ele viu nisso a oportunidade de ganhar um pouco mais de dinheiro.

Por hora são pouco mais que rumores. Mas promete-se duas séries, uma animada, direcionada pra crianças, e uma "live-action", isto é com atores e tal. Diz-se ainda que o objetivo é trazer de volta os fans mais antigos, com dialogos mais interessantes e menos porrada sem sentido. Ainda que a última frase me instaure um pouco de medo de ficar como star-trek, sem dúvida é uma notíca que me anima.

Tentanto não criar expectativa demais.
(sur)Realismo, Naturalismo e Ecanadores
q

Como será que Eça de Queiroz contaria as aventuras de Mario?

Se ele fosse quadrinhista, imagino seria algo mais ou menos assim :

março 12, 2008

OH MY GOD!! IT'S A NINTENDO
SIXTY FOOOOOOOOOOOOOOUUUUUUUURRRR


Pequena histórinha. Mais ou menos um ano atrás, consegui passar numa disciplina bem dificil da minha graduação. E gostei tanto que resolvi que queria fazer iniciação científica com o professor, nessa área. Pedimos uma bolsa no CNPQ que foi prontamente negada. E ainda qu eu tivesse feito algo naquela época, a coisa ficou em hold por um bom tempo.

Semana passada foi encerrado esse hold, e minha bolsa foi aprovada. Em sextagésima quarta chamada. É eu também achei que fosse pegadinha.

Referência Obscurada.

março 05, 2008

Train of Thought
Coisas em que a gente tropeça

Há alguns dias li um artigo que citava uma aplestra que ocorreu no campus party. O tema desta seria alguma coisa sobre estigma de video game como forma de arte. O que pretendia tratar era uma questão um pouco mais mundana: Orgulho Gamer.

Prentendia, provavelmente ainda prentendo. O tema fica na pretensão porque numa dessas notícias de fulano de tal morreu, vi um nome que soava familiar. Não, não perdi nenhum parente, nem mesmo um distante. Também não era um colega. Ou alguém que de alguma forma convivi, ou sequer conheci.

Seu nome era Gary Gygax.
(e não Robert Paulsen)

Esta pessoa, provavelmente um ilustre desconhecido para muita gente, foi um dos criadores do Dungeons&Dragons. Poderia falar muito das virtudes do jogo, e do pionerismo, e de toda uma época que, sinceramente, eu não vivi.

D&D, que eu vim a conhecer já na segunda edição, traduzido para português e watered down pela grow, com o nome de Dragon Quest, foi o primeiro RPG sério que eu joguei, uns bons 10 ou 11 anos atrás. D&D com certeza foi o jogo que eu mais joguei, que mais influenciou minha imaginação de pré-adolescente. D&D consolidou o gamer que existe em mim.

Se não fosse este homem, não haveria D&D. Sem D&D provavelmente não conheceria o Zinho, ou talvez não tivesse ficado tão amigo dele. Sem o Zinho, não teria ido à uma chácara em São Roque em junho de 2005. Sem a chácara, não teria conhecido a Dane. E sem a dane seria uma pessoa um pouco infeliz.

Obrigado Sr. Gygax.



PS: Pretendia fazer uma piadinha com magias de cura, mas já fizeram na original

fevereiro 18, 2008

Carência Inteiorana
....

Dia desses, início da madrugada, estava com fome na rua. A primeira coisa que me veio na cabeça foi um 72 sem tomate, e imediatamente depois um 100 com batata pequena.

Explico. Estava sentindo falta de um tipo bastante específico de restaurante, que nunca tive o prazer de achar nas minhas andanças paulsitanas. São lugares bastante diferentes entre si, mas que positivamente podem ser identificados como lanchonetes, onde se come em boa quantidade por preços bastante competitivos. Raramente as intalações oferecem mais conforto do que cadieras e mesas de plástico (daquelas de boteco) e um estacionamento de pedrinhas.

Mas o que importa mesmo é o lanche. Sim, lanche, no singular mesmo. No singular porque raras foram as vezes que vi alguém precisar de mais de um lanche pra ficar empanturrado. No singular porque via de regra cada lugar desses tem um tipo de lanche que é muito melhor que os outros (o x-burguer, no caos do gordão é provavelemente o melhor que já comi). O que é de certa forma engraçado, pois os cardápios via de regra são bastante extensos (e previsíveis), mas a grande maioria não arisca fora das especialidades da casa.

Foco no lance. Uma estratégia minimalista, e até certo ponto óbvia, mas que funciona. E aparentemente muito bem, visto que boa parte desses lugares, foram em seus passados carrinhos, barracas ou furgões. Alguns deles estão transcendendo essa catergoria inominada de lanchonetes e abrindo filiais ou até franquias, e infelizmente ficando mais caros.

Isso me leva a pensar que o Black Dog talvez fosse o paralelo paulsitano mais proximo, mas ele desde o começo teve um apelo cool com suas pareces laranjas e seu balcão despojado. Ok, antes de atrevessar a rua, quintuplicar de tamanho (e preços) e abrir filiais, o Balck Dog talvez fosse uma dessas. O Habibs provavelmente já foi, em algum tempo imemorial.

Por falar em Habibs, estive hoje, por recomendação de meus amigos Fábio e Francis (ou Hideki e Chicão), num lugar chamado Ragazzo. Não tem anda de lanchonete, pelo ocntrário, o aparente apelo é a culinária italiana. Mas é um lugar gostoso em que se pode comer bem, pagando pouco por isso (Gnocchi ao sugo por R$3,90). E respondendo a observação deles que esse restuarante sempre aparece perto do habibs, bem, ele tem muito do habibs nele mesmo, a começar pelas fogazzas de queijo "Cremily", passando pelos salgados que custam apenas alguns centavos, o mesmo cardápio de sucos, até as mesmas sobremesas.

(deu preguiça de revisar, e me censuro por isso, perdoem eventuais erros)

fevereiro 11, 2008

Loose Synapsis
... out on the michigan 8th...


Sabe aquele post, quase clássico, que começa com um monte de idéias que ja teve pra postar e que nenhuma saiu da idéia? Pois bem.

Pensei em falar sobre o carnaval, escarnecer essa nação de hábitos impúdicos de moralidade falida. Pensei em dar prosseguimento, tratando por metonímia a humanidade através da brasilidade, de como somos seres propagadores de violência, ressentimento, espúrios nos nossos frágeis conceitos de civilidade. E escrever sobre isso teria me me tirado da indiferênça.

Queria ter dissertado sobre como a indústria de video games. De como o avanço tecnológico terminou por criar um embuste, em qual todos fomos pegos (digo todos incluindo desenvolvedores, distribuidores, consumidores, etc.), e que provocou um verdadeiro retrocesso naquilo que deveria ser o principal motivo dos jogos: divertir. Cheguei até por vez dizer que me sentia, na minha condição de adolescente, abandonado pela nintendo. Mas a real é que a big N, deu a volta por cima outra vez, reinventaram o video-game. Não em termos de ciclos de clock, memória ram, memória cache, porta isso ou aquilo, fizeram o que era óbvio mas não evidente: extrapolaram a pistola do nes sem fazer a bazuka do snes. E desse jeito, com o wii e o ds, determinaram o que deve ser um entertainment system, o seja qual é o verdadeiro produto da industria de games. Mas do meu ponto de vista criram algo ainda mais valioso, que é a incerteza do que vem no futuro. Não satisfeito com toda essa epopéia, ainda me segurarai em uns dois ou três parágrafos, explicando porque eu escolhi um ds e não um psp (ou melhor porque eu escolhi ainda ficar sem um portátil). E isso teria me feito satisfieto.

Pretendia explicar, no municiador (que está às moscas), um pouco mais sobre space marines. De como os Salamanders, vindo de um planeta vulcânico e hostil, com peculiaridades bastante dignas de anões (eles são ferreiros!), conquistaram minhas ambições. E de como essa vontade veio completamente abaixo quando depois de muitas tentativas não consegui pintá-los como apareciam nos livros, e assim foram sumariamente substituidos por um trabalho criativo ainda interminado envolvendo alguma forma (pós-)moderna de culto de mitra, e um paint scheme vermelho. Claro que aqui só apareceria uma pequena nota indicando um post novo no municiador. Isso teria me feito contente.

Podia falar das coisas recentes que vi, li e ouvi. De como Xógum é um livro foda, mas que ainda me impressiona um pouco o peito aberto nas Notas do Subterrâneo. De como tenho ouvido muito mais Johnny Cash, Ry Cooder, que resolvi ouvir mais motorhead ( e que de certa forma eles fazem ac/dc parecerem moças). Que assisti o homem que copiava, e apesar de ter gostado muito pareçeu terminado com pressa; vi também Ponte para Terrabítia, e era completamente diferente do que eu imaginava, e apesar de ser bonito (meio triste também) tudo pareceu meio jogado. E sobre legend o the five rings, que conseguiu se mostrar um cenário de jogo sublime, pelo qual tenho muitos ansêios de jogar. E escrever isso me fez sentir que esse deveria ser o primeiro parágrafo, pois não me sentiria fazendo mais do que tapando buraco ao escrever isso de maneira tão frívola.

E no fim, toda essa falsa negação serve só pra preconizar aquilo que de fato me incomodou muito mais. É verdade que tenho preguiça, e mesmo o prazer de ver o numero de posts (vagarosamente)crescendo não é suficiente. Mas essa é uma razão velha (era desculpa, mas por recorrência virou razão). É pior que isso, sinto uma estranha expectativa das coisas a serem públicadas nesse espaço. Provavelmente é infundada porque as pessoas só parecem ler quando eu as aviso que existe algo novo, mas talvez eu mesmo espero algo mais de mim. No fim das contas a verdade é que não sinto mais pertencente. Não neste blog (nem no outro), não no meu perfil do orkut, por vezes, não no meu email.

Sinceramente não sei quais são as conseqüências disso. De imediato acredito que condeno meu orkut à morte. Quanto ao resto.... não pagarei!

fevereiro 05, 2008

Uma Vela Boiando
wayfaring stranger

Um acorde triste e dissonante. Pobre viajante por este mundo de mágoa. Um estranho, até para ele mesmo. Conheceu a doença, o trabalho extenuante e o perigo. Nuvens negras o acompanharão pelo seu caminho tortuoso e acidentado, em cada dia sofridamente longo.

Quais serão os belos campos que o aguardam?

Ele só quer cruzar o Jordão. Lá onde não existe a doença, o trabalho extenuante nem o perigo. Para encontrar todos aqueles que para lá se foram. Por um fim a essa viajem. Ir pra casa.

Um acorde.