outubro 23, 2008

Sobre Sapos
e Banjos....

Conversei muito ontem. Não falei sobre o tempo, ou sobre minhas experiências da escola, nem sobre o último jogo da ponte, nào estava explicando coisas técnicas que me fascinam, não eram os livros, os videogames ou as músicas os assunto. Falamos sobre os tristes acontecimntos recentes, deixando um monte de perguntas em aberto, propositalmente.

Triste é o único qualificante correto sobre os ocorridos. E ainda que peque em intensidade, é certamente o único que não ficou em aberto. Mas vale perguntar, por que encaramos isso com tanta tristeza?

Essa é uma daquelas questões que está profundamente arraigada. Não sei dizer se em crenças, mas naquele nicho de idéias que ficam os conceitos fundamentais. Tipo onde na matemática fica o conceito de ponto, ou a força no caso da física newtoniana. Veja bem, não é onde estão as retas ou os planos, essas coisas se constroem a partir do ponto. Da mesma forma não é uma questão de chata ou esférica, centro do universo ou girando em torno do sol, evolução ou design inteligente.

Enfim, tudo isso pra lembrar que, num dos brevíssimos julgamentos que fez, meu interlocutor disse: "(...) pra piorar tudo, com tantas opções [de crença], foi foi logo na com menos respostas e menos confortos. (...) Talvez você devesse se perguntar por quê".

Meu caro, (me dirijo a você por lastro de realidade, mas sei do valor introspectivo dessa questão) eu seria mais drástico na descrição: o ateísmo não oferece nem a menor dica de conforto, são poucas respostas e nenhuma promessa. Poderia até ser dito que o ceticismo tem por função descontruir as "certezas" que fazem a existênica mais mágica do que de fato é(Deus fez o homem à sua imagem, alguém?). E tem até gente que vai mais além nos seus ufanismos dizendo que o secularismo é a única opção verdadeiramente humilde.

O grande problema de todas essas conjecturas é que não é uma opção.

Um comentário:

Vinicius disse...

genial. não dá pra comentar nada edificante nos teus posts, geralmente eles já dão uma satisfação digna de uma lauta feijoada.