outubro 16, 2008

Slightly Dead
trapaceando em palavras cruzadas

Já não acredito. Nos agentes repressores, na manutenção, na imparcialidade, na itenção benevolente, nos votos "sinceros", nas boas vindas, nas revrencias, nas palavras escolhidas, nos flertes e provocações velados, na matrícula, nos antecedentes, na omissão, no "nada consta", na intenção ausente, na convocção, na conjuração, na abjuração, na transformação, na alteração, aliteração e outras figuras de linguagem.

Eu jogo, sozinho. Os outros competem. Mas só existe um tabuleiro. Se cada um esconder um adaga envenenada para cortar a garganta alheia que lhe interpor os planos, estou na merda.

Pascal não conhecia a teoria dos jogos, pelo menos não como teoria. Ainda sim, seu argumento para acreditar em Deus parece pode ser analisado segundo a proposição de John Nash. Dizia ele, se não existe um Deus (antropomórfico, pessoal, onipresente e onsiciente tal como professado na Bíblia), uma vez findada a vida terrena, os indivíduos teriam o mesmo fim, crendo ou não neste dito ser superior. Por outro lado, se esse Deus de fato existir, aqueles que acreditam, temem e veneram a entidade teriam o paraíso, enquanto os incrédulos estariam condenados para a eternidade. Logo, crer em Deus seria a melhor sáida, garantidamente.

Poderia dizer que Pascal não levou em consideração outros possívies deuses, e que se apenas mais um prometesse aos incrédulos o inferno, e os dois existissem estariamos todos condenados. Mas não é o ponto.

Pascal se esqueceu que acreditar não é uma coisa tal como pressão(sobre a qual ele escreveu magistralmente). Você pode frequentar a igreja. Pode jurar sobre uma pilha de bíblias, e apostar seus pais na sua palavra. Mas nada disso irá mudar o fato de acreditar ou não.

E se Pascal falava em fingir em acreditar... bom prefiro pensar que se existe de fato um deus pessoal, ele será mais condescente com aqueles genuinamente céticos, do que com os falsos fiéis.

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