julho 28, 2008

Tributo Sucinto
<3

Quintana escreveu, no seu Caderno H com uma única linha, um poema-pergunta chamado Exame de Consciência. Eis:

Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?

Com 3 anos, humildemente, proponho uma resposta: na festa junina de um amigo.

julho 26, 2008

Mais uma da República dos Bananas
Excelentíssimo senhor ministro, vá grampear do ânus da senhora sua mãe!

Não gosto do governo brasileiro. Não gosto do atual, nem dos anteriores. Não gosto da forma de gestão anárquica, dos jogos partidários. Não gosto do desrespeito com o cidadão, nem (citando o finado Jeferson Péres) da inerente dilapidação do capital ético deste país promovida por este grupo.

Mas ainda existem coisas que me deixam perplexo. O Brasil tem um ról de acontecidos que não podem ser definidos como outra coisa se não patéticos. São situações absurdas, que não sei se devo rir desesperadamente ou chorar. Situações tais quais Dom João VI propondo anexar a Guiana Francesa, como forma de retaliação às ações de Napoleão na Europa. Uma idéia cretina, que por incrível que pareça foi revisitada mais de uma vez no século 20.

Pois bem, a declaração do ministro da Justiça Tarso Genro, nesta última Quinta-Feira, cai dentro dessa classificação, ainda que de forma um pouco mais branda. Ele disse:

"Chegamos a um ponto que temos que nos acustumar com o seguinte: falar no telefone com a presunção de que alguém está escutando."

Seria uma injustiça (rá!) tirar a frase de contexto, gerando um alarde sensacionalista (viu, me enSinaram) de que está pra se instalar um governo big brother. Pra minorar um pouco a patetice da coisa toda, o ministro disse que esse tipo de coisa poderia ser feito por indivíduos e instituições privadas "dado o grau de sofisticação que a parafernália eletrônica chegou".

Não, senhor ministro. A parafernália eletronica não alcançou algum grau muito especial de sofisticação recentemente. Na verdade me lembro bem da farta oferta (especialmente pelos anunciantes na gritando nas ruas) desse tipo de aparelho no centro de São Paulo, a mais de 10 anos atrás.

A escuta telefônica é uma invasão de privacidade muito séria, e ainda que não cause danos materiais facilmente quantificáveis, é sem sombra de dúvida uma forma de de violência. E como o senhor deve(ria) saber, a violência é monopólio da polícia em um estado de direito.

A declaração entra pra galeria da infâmia não por ser um paralelo cretino a dizer que qualquer um pode morrer num semáforo, mas por estar claramente atestando a incompetência da parafernália judicial e policial deste país. Parabéns!

julho 22, 2008

Desgaste Cultural
um post apenas isso, parecido....

Esse post se parece (talvez bastante) com outros. Tanto aqueles de autoria minha, como de outros (principalmente de outros). Talvez o motivo pra isso é que vou falar de filmes que estão no cinema, o que é algo acessível a todos (não exatamente verdade). Talvez o motivo pra isso é que trato de alguns assuntos fundamentais já tratados (sem produnidade alguma) neste blog (só o que posso dizer com certeza, é que estou inventando desculpas para plagiar trabalho alheio).

Antes de começar com minhas opiniões queria fazer um pequeno experimento. Queria que todas as pessoas que ainda não assistiram Batman peguem um lápis, ou uma caneta (lapiseira também serve). É sério! Parem de ler e busquem uma caneta! Não continuem sem uma!

Agora, coloquem a caneta em sua mão entre os dedos indicador e anelar. Como se estivesse fazendo uma saudação Vulkan. Pros menos letrados em Star Trek (benditos sejam) nosso amigo Kensuke teve a bondade a paciência de elaborar uma montagem muito mais profissional que a minha, com o Hiro ilustrando esse incrível procedimento:


Agora com a mão que está livre aperte os dedos da mão que segura o lápis, com bastante força.



Dói pra caralho, né? Bom essa é a punição de vocês por não terem visto o novo filme do batman. E isso sumariza o que eu tenho pra dizer sobre o filme.


Agora pra falar de algo menos agradável: Cinema Nacional. Assisti Nome Próprio. Mas só fiz isso porque fui enganado por uma sinopse fajuta e mentirosa. Vejam vocês que beleza:

"A história de Camila, uma jovem mulher empenhada em se tornar escritora. Sua vida é sua narrativa. Intensa e corajosa ela deseja que sua literatura seja um ato de revelação. É um filme sobre a paixão de Camila e seu esforço para bancá-la."

Não que a sinopse diga muita coisa, mas o pouco que diz faz pensar que seja um filme sobre uma pessoa que escreve muito, e que esse é o foco do filme. Não é.

Como assim sua vida é uma narrativa? Não é um exagero de pretensão achar que a vida de alguém não seja?

Eu poderia explicar minuciosamente(e provavelmente vou) como todo esse negócio de escrever está em segundo plano, mas por hora reescrevo a essa sinopse da seguinte forma:

"A história de Camila, uma jovem mulher metida a moderninha, que acha que vai escrever um livro. Sua vida é uma prostituição. Não remunerada. Desleixada e desprovida de amor próprio, ela escreve nas horas vagas (que são poucas apesar dela nunca trabalhar). É um filme sobre como o ser humano pode ser idiota, mesquinho e arrogante."

Podem me chamar de retrógrado, ultrapassado, reacionário, não me importo. Nada que disserem (ou filmarem) vai me convencer que viver uma vida de café frio, cerveja quente e cigarros tortos, em uma casa suja é legal.

Não é simplesmente uma questão de não ter gostado da personagem principal (que deveras odiei). Mas o filme como um todo. O enredo(particularmente a parte que trata a escrita) é colocado em segundo plano pra essa estética glamour-lixo, pretensamente chocante com um monte de cenas de gente pelada e alusões a sexo.


Enfim, se vocês estavam pensando em assitir Nome Próprio, assistam Batman: O Cavaleiro das Trevas. Do contrário vou ter que pensar em outras punições.

julho 17, 2008

Brasil País do Futuro
rárárárá



Sei lá, até ia falar alguma coisa, mas não precisa.

julho 05, 2008

Back to a promised land
Which the gods forgot

Eu preciso de férias. E que as coisas comecem a dar certo.