outubro 26, 2008

Termodinâmica, Morphine e Turma da Mônica
saxofone, entropia e morphine de novo

A bateria sincopada, o baixo profundo, e a voz cansada ornamentam o saxofone. Tentam dizer alguma coisa nas letras, mas o tubo metalico tem muito mais conteúdo. Não simplesmente uma melodia triste, um jogo de harmonias bem cosntruídas e uma sucessão de tons menores e acordes dissonantes, que dá maior complexidade intelectual à obra.

Layla é uma possibilidade, uma história de ninar (ou seria de tempos ruins?) que mantem as cortinas fechadas. Não conheço essa pessoa, mas as irreversibilidades asociadas ao processo exotérmico de escutar Morphine pouco antes de conseguir dormir tem desdobramentos oníricos interessantes.

Em tempo, vi isso e lembrei de All Wrong(e nesse contexto, daria pra ter lembrado de outra coisa?):

{EDIT} tentei colocar as tirinhas aqui mas elas não se bicaram com o layout do blog (talvez porisso eu não usasse imagens antes), enfim aqui estão os links:

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One More Fucking Time
uma confusão até metalinsguística de música, azia, insônia e hereges em um post-surto ingnominioso, e mais curto que o subtítulo

Por aqui, é bem pequeno o número de situações que uma chave de roda resolve.

outubro 24, 2008

Mas será?
mais coincidências

Recentemente teve o caso da menina do CDHU, que também não terminou bem. E alguém diria, como podeira ter terminado bem? Não é tão difícil imaginar: ela viva e ele preso. Em nada me surpreendeu os reacionários boçais dizendo que o tal do promotor não tinha nada que ter se metido e deixado a polícia meter bala nele mesmo.... O que não esperava (ou talvez esperasse, mas nâo queria acreditar) é o número de gente que tem dito isso por aí. E tem coisa interessante ainda acontecendo: ironia do destino ou não, o pai da menina (ex-pm) estava foragido da justiça paraense (ou era maranhense?), onde respondia processo por um suposto assassinato de um governante!

Mas não vou me alongar mais no caso Eloá (tem nome da menina pra ser mais dramático, como o Isabela), até porque ainda tem muito na mídia sobre o assunto. Só irei fazer a seguinte conexão, a ação da polícia foi fortemente criticada. Alguns dizem que a menina poderia estar viva se eles não tivessem mirinzado. De novo.

Alguém lembra do ônibus 174?

Deveria. Foi aquele caso de refens no rio (cidade maravilhosa? rá!), que ficaram sei lá quanto tempo a bordo de um coletivo, num drama televisionado ao vivo. E só terminou com a mirinzada da polícia local matando a refem.

Pois bem, estréia hoje "Última Parada 174". Oportuno, não?

outubro 23, 2008

Sobre Sapos
e Banjos....

Conversei muito ontem. Não falei sobre o tempo, ou sobre minhas experiências da escola, nem sobre o último jogo da ponte, nào estava explicando coisas técnicas que me fascinam, não eram os livros, os videogames ou as músicas os assunto. Falamos sobre os tristes acontecimntos recentes, deixando um monte de perguntas em aberto, propositalmente.

Triste é o único qualificante correto sobre os ocorridos. E ainda que peque em intensidade, é certamente o único que não ficou em aberto. Mas vale perguntar, por que encaramos isso com tanta tristeza?

Essa é uma daquelas questões que está profundamente arraigada. Não sei dizer se em crenças, mas naquele nicho de idéias que ficam os conceitos fundamentais. Tipo onde na matemática fica o conceito de ponto, ou a força no caso da física newtoniana. Veja bem, não é onde estão as retas ou os planos, essas coisas se constroem a partir do ponto. Da mesma forma não é uma questão de chata ou esférica, centro do universo ou girando em torno do sol, evolução ou design inteligente.

Enfim, tudo isso pra lembrar que, num dos brevíssimos julgamentos que fez, meu interlocutor disse: "(...) pra piorar tudo, com tantas opções [de crença], foi foi logo na com menos respostas e menos confortos. (...) Talvez você devesse se perguntar por quê".

Meu caro, (me dirijo a você por lastro de realidade, mas sei do valor introspectivo dessa questão) eu seria mais drástico na descrição: o ateísmo não oferece nem a menor dica de conforto, são poucas respostas e nenhuma promessa. Poderia até ser dito que o ceticismo tem por função descontruir as "certezas" que fazem a existênica mais mágica do que de fato é(Deus fez o homem à sua imagem, alguém?). E tem até gente que vai mais além nos seus ufanismos dizendo que o secularismo é a única opção verdadeiramente humilde.

O grande problema de todas essas conjecturas é que não é uma opção.

outubro 19, 2008

The Hauting
....

Já comentei que fico pouco incomodado quando letras de músicas se encaixam um pouco demais coma realidade? Isso é particularmente assustador quando se trata de uma música do Misfits...

outubro 16, 2008

Slightly Dead
trapaceando em palavras cruzadas

Já não acredito. Nos agentes repressores, na manutenção, na imparcialidade, na itenção benevolente, nos votos "sinceros", nas boas vindas, nas revrencias, nas palavras escolhidas, nos flertes e provocações velados, na matrícula, nos antecedentes, na omissão, no "nada consta", na intenção ausente, na convocção, na conjuração, na abjuração, na transformação, na alteração, aliteração e outras figuras de linguagem.

Eu jogo, sozinho. Os outros competem. Mas só existe um tabuleiro. Se cada um esconder um adaga envenenada para cortar a garganta alheia que lhe interpor os planos, estou na merda.

Pascal não conhecia a teoria dos jogos, pelo menos não como teoria. Ainda sim, seu argumento para acreditar em Deus parece pode ser analisado segundo a proposição de John Nash. Dizia ele, se não existe um Deus (antropomórfico, pessoal, onipresente e onsiciente tal como professado na Bíblia), uma vez findada a vida terrena, os indivíduos teriam o mesmo fim, crendo ou não neste dito ser superior. Por outro lado, se esse Deus de fato existir, aqueles que acreditam, temem e veneram a entidade teriam o paraíso, enquanto os incrédulos estariam condenados para a eternidade. Logo, crer em Deus seria a melhor sáida, garantidamente.

Poderia dizer que Pascal não levou em consideração outros possívies deuses, e que se apenas mais um prometesse aos incrédulos o inferno, e os dois existissem estariamos todos condenados. Mas não é o ponto.

Pascal se esqueceu que acreditar não é uma coisa tal como pressão(sobre a qual ele escreveu magistralmente). Você pode frequentar a igreja. Pode jurar sobre uma pilha de bíblias, e apostar seus pais na sua palavra. Mas nada disso irá mudar o fato de acreditar ou não.

E se Pascal falava em fingir em acreditar... bom prefiro pensar que se existe de fato um deus pessoal, ele será mais condescente com aqueles genuinamente céticos, do que com os falsos fiéis.

outubro 11, 2008

Eu fiz merda, agora vocês tem que me ajudar a arrumar
pra fingir que passou...

Sei lá, não consegui interpretar de outra forma:
Bush afirma que crise precisa de "resposta global séria"

outubro 08, 2008

Sobre-
já não era suficiente?

Fui no velório. Não queria, mas me pediram e não me senti muito em posição de negar. Estava de terno, quis jogar ele fora quando acabou. Confesso que não estava bem, mas tinha gente pior. Bem pior. Consegui manter a serenidade externa apesar de todo desconforto do preparo de inconformação, raiva, tristeza e cansaço que percorria minha entranhas. Desconforto esse que piorou muito quando foi à frente um maldito padre careca, e começou a falar sobre a bondade de seu Deus. E lhes direi, cheguei muito perto de agredir aquele homem de saia.

Vamos deixar uma coisa muito clara. Se você insiste em acreditar num deus antropomórfico onisciente, onipresente e onipotente não farei objeções se você disser que ele é também infinitamente bom. As características anteriores são suficentemente contraditórias para a bondade, ainda que infinita, ser completamente irrelevante. Mas você falar sobre isso, no velório de uma família brutalmente assassinada no dia do aniversário do seu filho em tom de convertam-se ou isso acontecerá com vocês também.... bom acho que vocês entendem onde eu quero chegar.

Saí de lá quando acabou, um pouco antes das 12h. Devia ter ido trabalhar. Não consegui. Tentei segurar o choro, mas quando fiquei sozinho as lágrimas simplesmente não paravam de descer. Não sei o que me passou na cabeça, mas fui pro shopping, com o pretexto de comer, e pensando que a companhia de estranho me secasse os olhos.

De fato secou, mas a angustia não parava de crescer. Sentar pra comer aquele pão com carne que tentei chamar de almoço foi um inferno. Comi menos da metade dele conforme andava infinitamente por aquele circo comercial.

Conforme passavam as lojas, as propagandas, os produtos via como somos estúpidos. Conforme passavam as pessoas sentia o desespero potencial de cada uma, a maldade potencial.... Só vi sinceridade em um senhor que havia sofrido um derrame e pedia (se esforçando) com o que lhe restava da fala uma coroa do burguer king.

Andei e andei. Até que as pernas começaram a doer, e não parecia mais que estava andando, mas flutando sobre os membros inferiores. Quando já estavam passadas mais de quatros horas, me dei conta que não tinha comido metade do dito almoço. Senti enjoo, quis vomitar.

Tentei consumir pra ver se afastava a dor. Comprei um fone de ouvido que estava precisando a algum tempo. Porvavelmente vou achar uma boa compra no futuro, mas não melhori em nada a agonia.

Vim pra casa, e no caminho meus olhos se encheram de novo.

E isso mais do que me bastaria pra descrever um dia ruim. Mas ainda tenho que me deparar com um comentário do cara que ameaçou de morte em maio, sugerindo que eu fui trocado pelo Kurt Cobain (o mentecapto provavelmente nem sabe quem é).

Sei lá, que fase... tenho receios de sair pra ir pra aula, mas vou tentar

outubro 05, 2008

O Retorno do Tema Mórbido
<Will we ever run out of troubles?

Esse tem sido um ano muito muito ruim. Em outra ocasiões continuara com minha habitual acidez:"Pudera, é ano de eleição". E mesmo tendo visto alguns dos horários de entretenimento gratuito, a festa da democracia (ha) não é meu assunto hoje. Alias, me angustia como esse assunto tem sido recorrente, e como todos os assuntos, como sempre parcem levar a um mesmo.

Quando estava na oitava série, tinha de escrever dissertações quase toda semana. Sempre abordando temas "contemporâneos e polêmicos". Pra quase todas elas (se não todas de fato), eu propûs "educação" como solução. E não era demagogia, não me lembro bem dos temas, mas em cada um dos casos me parecia a única solução de longo prazo viável.

Conforme as coisas foram acontecendo, no desenrolar dos anos, fui vendo que essa acepção era um tanto ingênua. Ainda que que ter uma escolaridade decente possa fazer muito por um indivíduo, não é tudo, não pode ser tudo. O que fazer, o que pensar, quando uma pessoa com todos os paramentos pra ecolher a coisa decente a ser feita escolher fazer a coisa escrota?

Hoje como na oitava série vejo quase todos os problemas do mundo apontando pra uma mesma direção. Mas diferentemente daquela época não enxergo uma solução, não em vida. Pior que isso, diria que vejo todos esses problemas escorrerem para o mesmo bueiro.

Não é uma questão de boas maneiras. Matar uma pessoa não é legal. Matar 3 muito menos.

Não acredito no futuro a que se propõe essa espécie. Temos muito poder destrutivo disponível. Não é apenas a promessa do apocalipse nuclear, não é o grande colisor de hadrons, não são tanques, submarinos, helicopteros, metralhadoras, fuzis, escopetas, rifles, granadas, facas, canivetes, cigarros, bebida, pornografia, politica, fraldas descartáveis, rádios, tvs, drogas (lícitas ou não), telefones celulares, canetas, dietas, furadeiras, elevadores, churrasqueiras, robôs, sapatos (de couro ou sintético), cereais matinais, bolachas recheadas... Enfim podia continuar enumerando infinitamente, e nada que eu adiocinasse à lista iria mudar o carater de não culpa dessas coisas. O que quero dizer é que somos incompetentes. Mais que isso, que não temos capacidade de controlar o poder destrutivo que nós memos criamos, que não podemos lidar, responsavelmente, com aquilo que criamos. Ou como aquele sagaz técnico de computação disse: "Senhor, o problema do seu computador está no componente que fica entre o teclado e a cadeira".


Você acredita que somos mais do que animais por que temos um tele-incéfalo desenvolvido e um polegar opositor? por que esfarelamos as pedras, e fizemos cavernas empilhadas? porque deixamos de caçar? por que pegamos os restos mortais de criaturas de eras atrás e transformamos em plástico, sorvete e chiclete? Por que descobrimos a estrutura da matéria, criamos os mercados financeiros e esse negócio que faz contas e a gente inisite em achar que pensa? Não.... isso é só um pano de fundo. Pra deixar as coisas "limpinhas". Na verdade isso é só uma tentativa frustrada de disfarçar, dar uma nova selva para que a sobrevivência do mais apto não seja tão evidente. Um novo campo de batalha pra que a luta de todos contra todos não pareça tõa sangrenta. Por quê? Porque na nossa concepção, sangue não é uma coisa que jorra num ambiente civilizado.

E jorra.


Não gosto do laterna verde, mas o trecho seguinte, sumariza muito do que eu quero dizer: