outubro 05, 2008

O Retorno do Tema Mórbido
<Will we ever run out of troubles?

Esse tem sido um ano muito muito ruim. Em outra ocasiões continuara com minha habitual acidez:"Pudera, é ano de eleição". E mesmo tendo visto alguns dos horários de entretenimento gratuito, a festa da democracia (ha) não é meu assunto hoje. Alias, me angustia como esse assunto tem sido recorrente, e como todos os assuntos, como sempre parcem levar a um mesmo.

Quando estava na oitava série, tinha de escrever dissertações quase toda semana. Sempre abordando temas "contemporâneos e polêmicos". Pra quase todas elas (se não todas de fato), eu propûs "educação" como solução. E não era demagogia, não me lembro bem dos temas, mas em cada um dos casos me parecia a única solução de longo prazo viável.

Conforme as coisas foram acontecendo, no desenrolar dos anos, fui vendo que essa acepção era um tanto ingênua. Ainda que que ter uma escolaridade decente possa fazer muito por um indivíduo, não é tudo, não pode ser tudo. O que fazer, o que pensar, quando uma pessoa com todos os paramentos pra ecolher a coisa decente a ser feita escolher fazer a coisa escrota?

Hoje como na oitava série vejo quase todos os problemas do mundo apontando pra uma mesma direção. Mas diferentemente daquela época não enxergo uma solução, não em vida. Pior que isso, diria que vejo todos esses problemas escorrerem para o mesmo bueiro.

Não é uma questão de boas maneiras. Matar uma pessoa não é legal. Matar 3 muito menos.

Não acredito no futuro a que se propõe essa espécie. Temos muito poder destrutivo disponível. Não é apenas a promessa do apocalipse nuclear, não é o grande colisor de hadrons, não são tanques, submarinos, helicopteros, metralhadoras, fuzis, escopetas, rifles, granadas, facas, canivetes, cigarros, bebida, pornografia, politica, fraldas descartáveis, rádios, tvs, drogas (lícitas ou não), telefones celulares, canetas, dietas, furadeiras, elevadores, churrasqueiras, robôs, sapatos (de couro ou sintético), cereais matinais, bolachas recheadas... Enfim podia continuar enumerando infinitamente, e nada que eu adiocinasse à lista iria mudar o carater de não culpa dessas coisas. O que quero dizer é que somos incompetentes. Mais que isso, que não temos capacidade de controlar o poder destrutivo que nós memos criamos, que não podemos lidar, responsavelmente, com aquilo que criamos. Ou como aquele sagaz técnico de computação disse: "Senhor, o problema do seu computador está no componente que fica entre o teclado e a cadeira".


Você acredita que somos mais do que animais por que temos um tele-incéfalo desenvolvido e um polegar opositor? por que esfarelamos as pedras, e fizemos cavernas empilhadas? porque deixamos de caçar? por que pegamos os restos mortais de criaturas de eras atrás e transformamos em plástico, sorvete e chiclete? Por que descobrimos a estrutura da matéria, criamos os mercados financeiros e esse negócio que faz contas e a gente inisite em achar que pensa? Não.... isso é só um pano de fundo. Pra deixar as coisas "limpinhas". Na verdade isso é só uma tentativa frustrada de disfarçar, dar uma nova selva para que a sobrevivência do mais apto não seja tão evidente. Um novo campo de batalha pra que a luta de todos contra todos não pareça tõa sangrenta. Por quê? Porque na nossa concepção, sangue não é uma coisa que jorra num ambiente civilizado.

E jorra.


Não gosto do laterna verde, mas o trecho seguinte, sumariza muito do que eu quero dizer:

Um comentário:

Anônimo disse...

Com requintes de crueldade...

Fico impressionado com sua capacidade de articular mesmo nessa situação.