dezembro 07, 2004

Empresas que eu não confio: Revista Época

Parece meio idiota listar empresas que não se confia. Em meio as formas estranhas da vida moderna, que nada mais são do que uma versão águada da eterna luta do homem contra o homem, é estranho pensar assim. Veja bem o consumidor/eleitor/presa não deveria, sob hipótese alguma, confiar em empresa/candidato/predador, acontece que existem algumas sutilezas nesse jogo.

Uma delas é a democracia. Velha conhecida nossa, sobre a qual não vou me alongar.

Pois bem, o motivo que me leva a decalcara total desprezo pela resvista época é sua última edição (que a essa altura deve ser penúltima), mais específicamente uma reportagem de 4 páginas. Os 3 reporteres que a assinam falam, em tom escandalizado, de um grande absurdo que vem ocorrendo atrás de portas fechadas: grandes empresas de todos os setores sendo chamadas para depor.

Seria engraçado se não fosse ridículo. Eles falam de deputados usando de meios pra trazer as empresas às casas cíveis, meios esses que causam medo nas grandes empresas. Ora por favor! É elementar: uma empresa desse tem tanto poder que eles não tem medo de nada. Eles podem dobrar o governo, a polícia, o exército seja quem for, a hora que eles quiserem.

E a matéria que já não começa bem continua pior. Acusa os deputados de fazer mal em convocar empresas para depor, como se isso fosse moralmente condenável. E ainda que os os tais "meios não previstos na lei" estivessem em uso, mas não: "não podemos listar os deputados que seguem com essas práticas por não haver provas". Não Há provas, e eles dedicam 4 paginas a uma materia pautada em fatos sem provas. E antes isso fosse uma ressalva de ética.... Eles não só colocam os nomes como colocam fotos dos deputados recordistas em convocações.

No meu entender uma vez que a uma nação se propoõe a uma democria e toda aquela parafernália representativa de eficiência duvidosa, ela se dispõe a ser governada de acordo com as vontades dos representantes. E bem, Se um empresa quer atuaar no país , ela tem que se adequar às normas e leis estabelecidas por esses representantes. E se existe alguma suspeita nas formas como essa empresa operada, em qualquer estância que seja, ela deve sim se por a disposição para fazer os devidos esclarecimentos.

Se os deputados citados na matéria são vistos como algozes e maus elementos, que convocam empresas demais aos prédios do governos, eu, aqui, quero apludí-los pelo pleno exercício da democracia. E adiciono, essa reportagem idiota, e reidicula, põe na berlinda a idoneidade de uma revista como essa.

Eu não confio.

outubro 25, 2004

Faz tempo...
Notorius is looking for you

Faz tempo que eu não escrevo nada por aqui, eu sei. Não é má vontade nem nada. Só não tou inspirado. As eleições me motivaram bem menos do que eu esperava, e mesmo com o alguma coisa em mãos, a preguiça foi mais forte.

No fim das contas eu votei no Zé.
E pra prefeito eu teclei com o dedo do meio.
Eu sei que um monte de gente acha isso criticavel, bem, fodam-se é meu direto.

Sabado passado eu fui numa palestra, e ganhei um livro: "Como arrumar emprego no Brail do Século XXI". Não sei o que dizer a respeito, só queria contar alguma coisa, mas da pra ver que não tem muito o que contar.

Preciso sair mais aqui em sampa. Tenho saudades dos meus amigos e amigas daqui.

outubro 10, 2004

HO HO HO, Advinha o que?
Deu tudo errado. De novo.

Pra não dizer que é tempo de matar:

bonfires burning bright
pumpkin faces in the night
i remember halloween dead

cats hanging from poles
little dead are out in droves
i remember halloween

brown leaved vertigo
where skeletal life is known
i remember halloween

this day anything goes
burning bodies hanging from poles
i remember halloween, halloween,
halloween, halloween, halloween

candy apples and razor blades
little dead are soon in graves
i remember halloween

this day anything goes
burning bodies hanging from poles
i remember halloween, halloween,
halloween, halloween, halloween,
halloween, halloween, halloween

outubro 02, 2004

Dúvida, ó dúvida
E vai vodka!


Vamo lá, utilidade publica:

17.555



36.013

agosto 27, 2004

Farah
Mas roubarah para fazê-lo

Paulo Maluf.
Político biônico da ditadura militar, mestre de obras faraônicas que dão um novo siginificado a super-faturamento, criador de mazelas urbanas como a ROTA e consequentemente co-autor de diversas chacinas. Uma entidade que faria Al Capone se sentir uma mocinha inocente.

Mas talvez essa seja uma comparação injusta: O mafioso de Chigaco existiu. Eu já vi o ex-prefeito com meus próprios olhos, mas tenho sérias dificuldades de acreditar na existência dessa figura que beira a ficção.

É dificil acreditar no tamanho da cara de pau de uma pessoa como essa.Sua história começa bem cedo, quando tinha um pouco mais que minha idade, foi afastado de seu cargo de tesoureiro do centro acadêmico da Poli (que na época devia chamar grêmio). Da pra ver que não começa bem.

Nos anos seguintes ele se mostra um bom mastim da ditadura: Prefeito indicado pelo presidente Costa e Silva, ele presenteia cada um dos campeões da copa de 70 com um carro (dinheiro do contribuinte, claro); defende o AI-5; constroi o cemitério de Perus para indigentes ou "desaparecidos" políticos como preferir.

Mas isso não é tudo. E pior, não é nem um pouco tão impressionante como outras coisas que ele se propôs a fazer, e deve ter sido intervenção divina que o impediu que fizesse:
- Uma nova capital para o estado, construída de forma semelhante a Brasília pra ser colocada no centro geodésico do estado. Ainda bem que não foi pra frente.
- A Pauloipetro, um empresa pública pra exploração de petróleo no interior de São Paulo, onde tanto o IPT como a Petrobras, já haviam confrimado não haver nenhuma reserva. Mesmo assim foram movimentados 400 milhões de dolares para trazer 200 técnicos árabes e alugar maquinaria para esburacar algumas fazendas.... desnecessário dizer que não deu em nada.
- Uma via expressa, dentro da cidade, que desapropriaria algumas milhares de pessoas sem indenizações, pra ligar, com muito super-faturamento, sua casa à Eucatex (firma onde ele fora vice-presidente e grande acionista). Ah! desculpem isso foi feito, Minhocão, foi Maluf que fez.

E a cara de pau não acaba por aí. Eleito deputado, das 654 sessões que deveria estar presente, ele só foi em 3!

É épico! Um homem que faz absurdos desse naipe, que não bastasse, a cada ano aparece envolvido em mais casos de desvio e lavagem de dinheiro. E como se fosse pouco fala coisas que são dificeis de acreditar: "estupra mas não mata" e "professora não é mal paga, é mal casada".

Mas o seu poder mais impressionante é fazer com que as pessoas simplesmente esqueçam de sua anasalda voz falando que "Se Celso Pitta não for um bom prefeito nunca mais, eu digo nunca mais, votem em mim". Ou não, pior que isso, que convivam de bom grado com toda a extensão das palavras de uma assistente :"todo mundo sabe que Maluf não é santo".

Não é santo. Nem Deus. Nenhum deus é tão manipulativo assim.

agosto 11, 2004

Perguntar não ofende
ofende?

Temporada de caça ao eleitor, de novo.
Eu pessoalmente gosto deste evento, enfadonho pra muitos. É um exercício mental, que não consegue ser levado a diante sem muito sarcasmo e as vezes até um pouco de cinismo.

Por exemplo, vejamos essa candidata a vereadora. Sua estratégia é igualzinha uma arapuca pra passarinho com milho velho. Eu não me lebro qual o seu nome mas ela corre pelo PP. Sua principal proposta, aliás única apresentada até agora, é a legalização dos bingos, e o retorno dos 120.000 empregos inerentes.

Eu não sei se são tantos empregos assim, e não quero discutir a questão bingo. Mas, senhores e senhores, sabem qual é o nome disto? Má fé.

A legalização dos bingos é uma questão que não compete aos vereadores, é algo de alçada federal. Então fica um questão, o que essa mulher vai defender na câmara? Parabéns senhor eleitor, você foi enganado.

No mundo real uma entrada no CONAR (conselho de auto-regulamentação publicitária) seria suficiente pra tirar do mercado. Mas claro estamos falando de eleições, e consequentemente política, onde como muito bem já observou ex-presidente Fernando HC ,"É tudo lama".

Amanhã eu falo do Maluf, que se não fosse árabe seria meu herói.

julho 29, 2004

Eu ia escrever um post.
Mas escrever é cultuar, e cultuar é propagar.
Sem exageros, romantismos nem barrocos eu só queria dizer: estar em incerteza é muito ruim.

julho 21, 2004

Aplausos

julho 12, 2004

O último post foi sumariamente deletado.
Ele foi escrito sob um número de circunstâncias que mudaram abruptamente. E na perspectiva dessa nova situação ele podeira muito bem ser entendido de uma maneira diferente. Os detalhes podem realmente ser sutis.

Mas na sutileza da espada está a lâmina.

Eu não quero explicar mais nada, pelo menos por hora.

junho 06, 2004

'Cos when we meet, upon the hill
I'll walk away, and you'll lie still


"Tudo vai muito bem, não, não é nada, apenas um mal pressentimento talvez."

Talvez porra nenhuma, é praticamente um fato constatado.
Eu estou farto. Cansado. De saco cheio, com todas as letras. Perdoem a minha ogrisse em demonstrar indignação, mas como bem observeou o Warren eu sempre serei um sentimental.

Nunca andei em paralelo aos modismos (alguns dirão que eu fui muito cedo, outros muito tarde), mas este último tem me levado aos extremos da provação em paciência. Quando a moda era ser hippie as ruas ficaram lotadas de idiotas, não foi muito depois todos começaram a discutir atitude, politica, "causar", e logo todos se diziam punks e queriam a "união do movimento" e as ruas foram tomadas por babacas, pouco depois veio a onda dark dos vampiros e dos góticos metaleiros, enfim eles torcaram de roupa mas continuam sendo babacas.

Sinceramente eu me importei muito pouco com isso tudo. Mas agora a sensação do momento é depressão, crise existencial, problemas familiares, solidão....
Derrepente todas aquelas enfadonhas músicas depressivas do passado são trazidas de volta a vida e todos parecem ter milhares de problemas pra se lamentar indefinidamente.
Invetar motivos dramáticos o suficiente pra impressionar os coleguinhas e ficar de bode. E ouvir essa maldita música pra ficar mais de bode ainda.

O grande mal não está em sentir a tristeza, isso é humano, necessário de tempos em tempos. O que me assusta é um processo em espiral, que não para de crescer, de buscar motivos pra todo esse sentimento down, e alimenta-lo indefinidamente, e faze-lo crescer cada vez mais. E para o desespero, fazendo com que isso substitua o enfretar efetivo desses problemas, fazendo apenas com que eles se acumulem e cresçam. Eu não sei quem foi o cretino que começou com isso, mas tenho certeza que se tivesse um mote diretriz seria algo do genero, "Que nem queijo fino: quanto mais podre melhor".

Não me entendam mal, eu estou puto sim, mas não é com as pessoas, os meus amigos e amigas que se deixaram levar nessa. Infelizmente nós vivemos num ambiente em que ainda prevalece o ambiente de competição e a lei do mais forte, me preocupa que essas pessoas parecem não perceber o tamanho do dano que elas acarretam pra elas mesmas...

Se eu estou puto é por apenas um motivo: Eu me importo, fucking porra!

maio 18, 2004

"Niti já dizia: "O Eterno Retorno""
Mas até aí o Cerulli bem observou: "Niezstche era um bosta!"

Nem todo mundo que eu queria ver estava lá, e nem todos que estavam eu conhecia. Mas mesmo assim foi excelente encontro do pessoal lá na casa da Inês. Muito classudo devo observar, vinho, charutos, pizza, pipoca queimada e se dependesse da Mira ainda teriamos queijos, mas faltou quorum.

Falando em faltou, faltaram JuK, Tomaz, Mag, Warren, Jul, Chapei, Carol e Pablo. Tenho saudades de vocês meus caros, mas não posso evitar dizer que vocês perderam uma ótima noite.

[Edit] OPUS DEI, eu tenho medo.
[Edit^2] Tenho mais medo, deu pau pra fazer o primeiro edit

maio 10, 2004

Went to the Sack
Ou de como o Destino Manifesto babou o entendimento internacional

Estava eu pensando a respeito do mito da Torre de Babel quando me deparei com a primeira notícia a respeito da tortura nas prisões estado-unidenses no Iraque ocupado. Não pude conter um "how ironic!".

A Torre de Babel seria uma maravilha dos tempos imemóreis, quando todos os homens eram ainda um só povo, construida para alcançar Deus em seu sagrado trono. Por sua insolência a presunção o Todo poderoso pune os homens a entrarem em eterno desentendimento, dando origem as diversas línguas e culturas do nosso planeta. Pensava sobre isso quando ouvia uma música de Zeca Baleiro, mais específicamente um sincrético verso que diz:
"Todos somos filhos de Deus
Só não falamos as mesmas línguas
Everybody is filho de God
Só não falamos as mesmas línguas
Everybody is filho de Gandhi
Só não falamos as mesmas línguas"


Agora imagino, será que é possível convencer um estado-unidense disso? De certo existem um punhado de pessoas muito esclarecidas e razoáveis, até por lá, que com certeza conhecem e estão familiarizados com o conceito. Mas eu penso e o WASP, o Redneck, a cheerleader, o capitão do time de football, a stripper, o caminhoeiro, emfim o average joe, os indivíduos que compoem a massa americana.

Na base da mais poderosa nação do planeta, essas pessoas desenvolveram um sentimento, quase uma precognição, "fundamentada" não só em sound victories mas em uma ostensiva cultura maniqueísta que sempre os coloca como os bonzinhos. Destino Manifesto, esse foi o nome que se deu a essa insandice, Deus está do lado dos americanos o povo superior, e predestinado a dominar o mundo em seu nome, e ainda a usufruir dele como bem entender, afinal de contas eles são a manifestação terrena da vontade do Senhor.

Agora, é unanimidade internacional, que eles foram além da conta nessa parte do "usufruir". Fotos de tortura em quase todo jornal do mundo. E os mais atentos perceberam, poucas fotos foram mostradas duas vezes, ou seja foram tiradas muitas fotos. Será que nunca passou pela cabeça dos soldados que aquelas "brincadeiras" não fossem muito bem vistas pelos seus superiores? Eles sorriem e fazem positivos pra camera.

Aí vem um Rush Limbaugh, radialista de direita da terra do Uncle Sam, e compara o tratamento dado aos prisineiros de guerra ao trote que os calouros levam ao entrar na universidade. Não vou entrar na polêmica do trote, mas o que eu levei apareceu na folha como sendo ultrajantemente violento, e não incluiu espancamentos, choques elétricos, cabos de vassoura em orifícios ingratos, pirâmides de homens nus.... E alguem se lembra do tratado internacional que fala dos prisioneiros de guerra?
Pra completar o que o já começou muito mal ele ainda diz: "Essas pessoas, que são alvo de tiros todos os dias, têm o direito de se descontrair um pouco". Me recuso a comentar.

E como se fosse pouco um Terry Rosenbaum, PhD. em história, tenta bancar o Yoda com o seguinte discurso: "Os Estados Unidos da América são a maior nação guerreira do Séc. XXI, e pela própria natureza a guerra endurece os homens, mexe com suas cabeças, durante a guerra o homem descarregar todo o stress de sua existência como não poderia num ambiente social normal". o senhor Rosenbaum está certo em dizer que os EUA são a maior nação guerreira, é assim desde a Segunda Guerra Mundial, mas não é a guerra que altera e perverte a cabeça dos marines. Desde a implosão da economia da União Soviética, não existe nenhum adversário a altura, desde a guerra da Koréia os Deltas,os Seals e todas as tropas são movidas apenas para consumar massacres, como hediondos rituais macabros.

Isso que os soldados fizeram não é mero escape do "stress da existência", nem mesmo uma forma excêntrica de descontração. Isso se chama crueldade. E é um tipo de crueldade que está autorizada por uma moral. A mesma moral que ignora as decisões da ONU, que inventou armas de destruição em massa onde não existiam.... Como bem já observou o rato em post passados isso é um problema de valores.

Me lembro então da famigerada faixa que apareceu na Vila Madalena uns tempos atrás "Você que matou nosso Dink. Você consegue dormir a noite? Não teme à Deus? (sic)". O homem que envenenou o dink eu não sei, agora os soldados estados-unidenses não temem a Deus, e devem dormir muito bem a noite com uma sensaçào de dever cumprido.

Só fico pensando quem garante que as mesmas coisas, ou quem sabe ainda piores, não estão acontecendo nas bases militares em Cuba e no Afeganistão? O império romano das américas ainda está lá, lembra?

RudeGuy ouve Bad Religion- American Jesus
"In god
we trust
because he's one of us
"

maio 02, 2004

Mercadoria

Tudo começou na quarta-feira em meio a um laboratório de química (sempre ela). Manipulando substâncias bem perigosas pra fazer coisas bastante simples, eu e meu grupo queriamos saber qual a utilidade daquilo, aquecer sais diversos pra produzir chamas coloridas. Foi então que o afamado assistente de laboratório, Joselito (sim, este é o nome dele), veio esclarecer nossas curiosidades: além de produzir as cores no fogos de artifícos, o mesmo príncipio que permtia aquelas corzinhas bonitinhas tinha uma aplicação médica, nobre no mínimo, cura do câncer.

Não é exagero, nem sensacionalismo. Com um processo relativamente simples e indolor (posso explicar a quem interessar), pode se eliminar um tumor maligno em muito pouco tempo, com o único inconveniente de ter de ficar uma semana em abrigo total da luz. Todos irão concordar que é um preço pequeno comparado com os efeitos colaterais de uma químio ou rádio-terapia. E ainda por cima apresenta uma vantagem assustadora, só é necessária uma aplicação para todas as células cancerígenas.

O processo já existe há vários anos na América do Norte e na Europa, mas ele, o Joselito, em sua tese de mestrado é o primeiro a tratar do assunto no Brasil. E já entristece a perspectiva de que necessitando um grande investimento, só quem pode viabilizar o tratamento aqui são os grandes laboratórios farmacêuticos, os mesmo que produzem as drogas usadas nos tratamentos de químio. Que individualmente são mais baratas, mas são necessárias em quantidades muito maiores. Conclusão as chances desse tratamento realmente existir tendem a zero, porque os gigantes laboratórios não vão abrir mão dos carrísimos tratamentos tradicionais em prol de um esquema que elimina o problema rapidamente junto com uma fonte substâncial de sua renda.

O que mais me intristece é que muitos desses laboratórios já compraram patentes dos compostos que podem ser usados nesse tratamento, com o único objetivo que não sejam usados. Olha, não quero ficar criticando "os modos perversos do capitalismo", eu sei que isso não leva a nada e que é uma grande bobagem, mas o que temos aqui é uma situação extrema, desumana. No meu ver isso vai além de uma discussão de modelos econômicos, é uma questão de ética, moral até.

Não acho que estamos, enquanto humanidade, perdidos. Mas no momento que sofrimento vira mercadoria, algo está muito errado.

abril 24, 2004

Pensamento (pré-)Medievalista
OU: o pretensioso problema fundamental da indústria cultural

Há pelo menos 7 anos que eu acompanho críticas de música, e acho que nenhuma desqualificação foi usada tão correntemente quanto "comercial". Isso é óbvio, e talvez eu só tenha resolvido pensar a respeito depois que me dei a ouvir CPM 22 e Metallica um tanto mais (que apesar de não ser o estereótipo de comercial, é um arquétipo, e um bem único).

Mas afinal de contas, o que é uma banda comercial? Uma banda que ganha dinheiro, ou uma banda cujo único propósito é ganhar dinheiro? Existe mesmo algo de tão errado com ganhar dinheiro "fazendo um som"?

Não me entendam mal, existe uma conjuntura firme o suficiente para que não possa ser mudada, em hipótese nenhuma, e sob nenhum ponto de vista. Mas o que eu me propoho a discutir vai além do significado, talvez equivocado de uma palavra.

Cruzou um nó de massa cinzenta uma idéia bem utópica, de que entretenimento não deveria envolver dinheiro. Não haveriam músicos, atores, pintores e nem fotografos "profissionais", as pessoas fariam sua arte pra se divertir e divertir os outros. Sendo essa a única satisfação e remuneração, seria produzido muito menos lixo cultural, e a arte teria um caráter bem mais sincero.

Mas claro, é uma idéia hippie demais pra funcionar em qualquer lugar fora da Escandinávia.

RudeGuy ouve metallica- sanatorium

abril 03, 2004

Corpo Fechado

Chegando hoje cedo em São Paulo, uma névoa muito espessa envolvia a cidade...
Da estrada, naqueles viadutos que sê veem os subúrbios paulistanos e suas quase favelas nada se via. Parecia admirar um infinto abismo branco. Foge à minha razão a descrição daquilo que ao mesmo tempo era tudo e nada.

Agora como isso se relacionava com o fato de eu ter arrebentado minha bike e a porta de um corsa, sem que pra mim sobrasse um arranhão se quer, eu não faço a menor idéia!

RudeGuy ouve sons distantes demais pra serem identificados.

março 31, 2004

Ontem
Já que hoje não tem mais tanta graça
-atenção: post atruísta e reclamão

Eu sei que eu fiquei incomunicável durante o dia do meu aniversário. E talvez isso tenha sido mais do que um grande erro. Mas não vou me explciar em porquês.

Não sei o que deu em mim. Mas pela primeira vez tive uma bela duma sensação ingrata de estar completando mais um ano de vida. De como se meu tempo estivesse esvaindo-se e que cada vez é menor a perspectiva de completar grandes sonhos.

Não gostei quando me cantaram parabéns numa festa que não era minha. Me senti um parasita, quando tudo que eu queria ser era o provedor. E fui dormir triste. Como a muito não dormia.

Nada que um laboratório de química não dê conta.
RudeGrump ouve Ramones- I Don't Wanna Grow Up

março 21, 2004

Ele começou, agora se fodeu

Tolerância é retribuida com traição. E assim o foi, explincando e esclarencendo, como muita luta, coisas que permaneciamsem explicação desde agosto último. Mas da mesma forma, traição é um crime capital. Tão logo, quase que matematicamente, vitorioso sou eu.

Sim, eu estou feliz, apesa doscustos é uam das virpotiras mais gratificantes. É quase um truco sobre o qual se pediu seis no blefe, e eu cai descobrindo a vergonhosa derrota alheia.


RudeGuy ouve Clod Bomb Agency- Traitor.

março 13, 2004

Seria trágico se não fosse tão cômico
ou seria ao contrário? enfim, mais um post profundamente despropositado.

Esta breve enunciação é resultado de uma elongada observação de um fenômeno comportamental dentro de nenhum parametro definido exceto talvez a nacionalidade brasileira, e teve inicio na mais pura casualidade do devaneio irritado de um coração partido. Talvez por exatamente essa falta de rigor, e estar livre de grandes masturbações sociais, que esta idéia me pareça tão razoável e sóbria.

Tal fenômeno ocorre quando se persegue de forma obstinada um objetivo, a ponto do indivíduo se perder nessa perseguição fazendo com que tal objetivação seja completamente inalcansável, dando origem a ideologias desconexas e indivíduos insuportavelmente cegos. A esse comportamento anômalo eu dei o nome de Estupidez Socialista. Que fique claro, não se trata de privilégio exclusivo, mas foram os homenageados por serem os primeiros em que observei.

Tudo tem início em alguma grande organização que persegue objetivos noblíssimos, doutrinando desde as jovens idades os seus rebanhos de recrutas. Dentre esses objetivos destacam-se inclinações políticas de esquerda, mas não obrigatóriamente, o que parece ser regra são os discursos de companheirismo, tolerânica, diálogo, paz mundial e "culutra da democracia"(sic). Até aí, nada de tão mau.

Quando ocorre, de fato, o fanatismo por essas ideologias parece crescer, consciente ou não(a maioria das vezes não), a desculpa Maquiavélica. Esta enunciada em "O Príncipe" dizia que os fins justificam os meios, a máxima que justificava o poder absoluto. O exato retrato da corrupção pelo poder se demonstra aqui na nobreza das propostas e na acreditada capacidade superior de cada indivíduo que a endossa.

O problema, observado desde Proudhon, é que na realidade, no processo histórico são os meios que possbilitam os fins. Tão logo são deixados os meios de lado se perdem os fins e toda a parafernália em torno dela num interninável discurso xenófobo. E dessas forma o discurso torna-se disconexo com a ação, pois observa-se a intolerância, a incapacidade de argumentação, ente outros males encabeçados pelo dogma de que estão sempre certos. Em alguns casos isso se extrema de tal forma que o indviduo é incapaz de adiquirir qualquer forma de conhecimento que não seja mastigado pelo sua doutrina.

E chega ser engraçado como essas pessoas se agregam em sua sub-mediocridade acreditando fazer parte de uma elite, até de uma vanguarda, de pessoas incompreendidas. E nessas associações viajam a outros países pra conhecer pessoas que foram enformadas, e idiotizadas, exatamente como elas, se prendendo em amizades artificiais e distantes inclausurando-se em genuinos casos Freudianos (e falando isso eu não concordo com a psicologia de Freud, mas os chamo de depravados em graus severos) num interminavel medo de encarar a realidade.

Nas palavras de um ilustre irlandês: "Comunidade Internacional é uma MERDA!"

março 01, 2004

Incerteza?

Amanhã, logo cedo eu parto pra Campinas. Uma mudança depois de 16 anos habitando um ambiente limitado pelas mesmas quatro paredes. Eu quis isso desde sempre, e nunca vacilei a respeito, nem por um segundo.

A algumas horas de tomar o carro pra ir, tudo parece ficar doloroso. Existe uma certa ansiedade que só se manifesta agora, mas não é apenas isso. Podem me chamar de sentimentalista. Parece que estou envolto numa aura de tristeza, como se estivesse a passos de abandonar todas as pessoas com quem eu cosntrui boas memórias da minha vida (as ruins também, mas com esse eu não me importo). Um exagero.

Sim um exagero que eu mesmo censurei no passado agora se apodera de mim. E o pior de tudo é justamente ter consciência de que é um exagero, e se deixar abater pela percepção alheia de quem olha um soldado embarcando pra segunda guerra mundial.

Pessoas, eu volto!

fevereiro 12, 2004

Eu juro que tenho uma curiosidade morbida de saber quem é que me manda esses mails pedindo um monte de coisa.... não eu não vou mudar o layout até ter alguma coisa pra postar, até porque não tá pronto ainda.

Registro:

Ja me parabenizaram um monte, não precisam fazer isso de novo. É só a título de registro mesmo:

Dia 10 de Fevereiro de 2004, Guilherme Ribeiro da Costa Gabarra é aprovado e matriculado na Universadade estaudal de Campina, Unicamp.

RudeGuy siezes the day.

fevereiro 09, 2004

Eu ia postar sim, mas antes: um meliante que se auto-denomina "ReelBF" me escreveu um elucidante email. Nele ele tece incriveis elogios a minha pessoa e a minha mãe, e ainda demonstra verdadeira preocupação com o aparente abandono deste site sob meu mando, sugerindo mais atualizações . E é importante notar que o faz com uma verdadeira riqueza de linguagem e correção gramatical, dignas de um verdadeiro trombadinha!

Apesar de toda rudeza do senhor ironicamente citado, eu vou atender o que ele pede. Por algum tempo isso aqui será mais atualizado. E mais adiante: um novo layout está sendo preparado, aguardem.

Agora o Post:

Seus olhos eram verdes

Sim estou de volta. Duas semanas na Espanha, simplesmente demais. A história desse lugar é muito incrível, tipo a invasão moura, a recuperação católica cria uma verdadeira briga cultura de ostentações intermináveis: catedrais, castelos, fortes, alcazares, generalifes, mesquitas e por ai vai. Por conta dessa constante briga, a medievalidade na espanha ainda respira, e isso é simplesmente encantador. Mas ao mesmo tempo, não possbilitou uma unificação verdadeira de todas as regiões sobre uma coroa, por conta disso tem-se um país fragmentado com três línguas diferentes (o espanhol, o catalão e o basco), claro com um sem fim de grupos separatistas....
Ah e teve toledo! caralho! tinha UM BILHÃO de espadas em cada canto!eu tava me sentido o próprio fighter do 8-bit theater: "shiny things! must have!"

Além de todas essas coisas históricas (e outras tantas mais), também tem um bocado de coisas bastantes modernosas. Além de todas aquelas construções mirabolantes do gaudí em barcelona, como a catedral que ele desenhou mas ainda não está terminada (que tem a rela capacidade de colocar pessoas em pânico em suas torres), existe por exemplo em valência um projeto que simplesmente desviou um rio, e costruio no leito um parque, e tá constuindo 3 museos/centro culturais übber técnológicos. Até deu vontade de tentar fazer a mesma coisa com o tietê, mas ai eu lembrei que esse rio fica no Brasil.....

Como se fosse pouco encontrei com uma amiga que não via desde julho de 2000. Foi por pouco tempo (1 dia e uma manhã) mas foi foda pra caralho. Os olhos dela que são verdes, da pra perceber a importância?

Agora eu tou de volta. Amanhã tenho que ir à campinas saber se vou ou não fazer cursinho esse ano. To dependendo de 22 pessoas desisistirem de estudar na unicamp, acho que minhas chances são boas.

RudeGuy ouve o CD que o Freeze gravou pra ele.