novembro 30, 2008

Dane-se a Crise!
(a lot) more than meets the eye

Porque aquele gordinho tinha razão: se não tem causas, vai funcionar.


Vontade de tirar fotos....

novembro 27, 2008

Agora Fodeu!
E nem porisso menos nostálgico

Um certo Sr. Paoliello, que me é muito caro, longamente discorreu sobre ironia. Tá, não tão longamente, e o tema não era exatamente esse. Na realidade era uma folha maltrapilha de monobloco, que foi preenchida madrugada a dentro, pra explicar um trabalho. Trabalho esse, em formato de jornal propagandista, sobre uma certa ideologia extrema que foi bastante popular na alemanha.

O trabalho era muito bom, modéstia a parte. Mas carecia dessa explicação pela severa limitação intelectual da professora. Assim, este ilustre amigo escreveu um belíssimo elogio à esta que "é a mais refinada forma de crítica".

Tá certo que o título é irônico (duh!), mas o que motiva ele é isso:

Querem criminalizar a ironia?

novembro 25, 2008

Lusitano
ele-mesmo

Deveria estar estudando. Mas é que a poesia de Fernando Pessoa é tão mais interessante que escoamentos internos laminares incompressíveis e completamente desenvolvidos.

Pra ser sincero, no terceiro colegial tinha uma certa reverência ignorante pelo poeta português. Sabia da importância, mas não tinha muita paciência de apreciar. Me entendia melhor com os um pouco mais contemporâneos como Quintana e Leminski.

Mas hoje por uma inspiração - não sei se divina, mas com certeza de não-estudo- resolvi lembrar quem são os heterônimos e o ortônimo. Li por boa parte da manhã. E apesar da Fase me percebi mais Ricardo Reis do que Álvaro de Campos.

Agora botei na cabeça que quero conhecer Portugal.

Acho que vou comprar um pastelzinho de belém (que deveria chamar de nata, já que não estamos em belém) no habibs, e voltar pra mecânica dos fluidos...

novembro 20, 2008

Fantárdigo! Fantásmico!
estou escrevendo difícil hoje

Não pretendo ignorância da utilidade de citações. Ainda mais entre os distintos leitores deste indigno portulano, acredito que exista, sim, sapiência e reverência para usar das palavras de outrem como aproveitamento de idéias já desenvolvidas para que se construam as suas prórprias. Mas temo que parte dessa certeza se deve a este grupo ser deveras restrito. Enfim, o que quero dizer, é que aproveitarei dessa (e praticamente qualquer outra) oportunidade pra achacar o coletivo dessa desavergonhada raça pretensamente humana.

Mas não é a isso que se refere o título desta insólita entrada. Escrevo porque leio. E lendo descubro o dificilmente crível (e porque não digno de fábula) potencial desta nação-colônia sendo realizado.

Potencial de continuar surpreendendo negativamente! Mesmo a despeito de uma extensa história de decisões que só podem ser qualificadas de ignóbeis, os dirigentes deste curtiço de proporções continentais insistem em demonstrar seu talento em defecar.

Podia falar das conseqüências desta notícia, de como ela dilapida o pouco que temos construído nesse país, de como é equivocada a relação entre motivação e efeito... Podia. Em vez disso, vou me valer da obra de Paoliello e simplesmente dizer:


VAI BRASIL!

novembro 19, 2008

Ignomínia
Make a joke and I will sigh
and you will laugh and I will cry


Tenho uma memória muito estranha de algum lugar entre 1994 e 1995. Lembro de assistir, tarde da noite, numa tv de 14 polegadas sem controle remoto, um pedaço da transmissão de um festival. Era o Phillips Monsters of Rock. Lembro ser moderadamente preconceituoso contra o estilo, como se fosse alguma cosia que os caras maus (representados primariamente pelos Bullies dos filmes da sessão da tarde) ouvissem.

Por outro lado estava gostando do que ouvia e do que via (mal). Até que uma certa hora, na apresentação de uma banda (que tem chances de ser o Iron Maiden), eu vi uma coisa que deixou os cabelos da minha nuca em pé. Uma figura meio gente meio monstro, extremamente musculosa, descia do palco. Na pista ele escolheu uma garota de maneira (aparentemente) aleatória, e conta a vontade da moça, ele a conduz a palco.

Lá em cima, ela é presa a uma geringonça de aparência gótica com duas navalhas brilhantes armadas na região dos pulsos. Então vem o guitarrista, e acionando os pedais daquela máquina macabra, remove as mãos da menina. O sangue jorra forte. Ele toca a próxima música usando-as junto com as suas, como se ensinasse alguém a manipular a guitarra. Terminada a música ele, volta a menina desesperada, repete o procedimento, e suas mãos estão no lugar de novo.

Provavelmente era uma ilusão já combinada, e a menina era uma atriz. Mas me impressionou pra caralho.

-/-/-

Mudando de pato pra ganso.

Só queria comentar que a acostumamos a falar através de citações, é verdade. Talvez por reverência, em reconhecimento da nossa própria falência, de saber que nada do que a gente diz é de fato original. Mas não acredito nisso. Na reverência do ser humano, quero dizer.

Acredito, que fazemos tantas referências por causa de uma coisa que se convencionou chamar de argumento de autoridade. É mais ou menos assim: olha o argumento lógico é tão ruim que nem eu acreditaria, mas tem essas pessoas famosas que acreditam nele. Ou pior, tem esse grupo muito grande de ilustres desconhecidos que crêem nisso. Não é apenas um complexo de inferioridade, é um conceito de superioridade. Ousaria dizer que é um desdobramento moderno do comportamento de matilha. Uma necessidade de fazer parte de um grupo para estar seguro...

Aproeito o ensejo para fazer mais uma citação:

"Um bilhão de moscas não podem estar erradas, coma merda você também"

novembro 16, 2008

Frase Foda
o retorno ao mundo dos aforismos

De quase famosos, assistível, não mais que isso. Mas gostei da frase, e quis registrá-la:

"The only true currency in this bankrupt world... is what you share with someone else when you're uncool. "

novembro 15, 2008

Mais
...

Coisas muito bizarras tem acontecido. E o fato deu esquecer pra lembrar delas no dia seguinte faz a coisa toda um tanto mais estranha. Sabe o que? Não tô entendendo PORRA NENHUMA!
Os Séculos
é coisa das costas

Ontem fiz prova das 19h30 até às 23h. E foi uma só, de instalações industriais. Fazia tempo que não me sentia tão exaurido assim, pra falar a verdade acho que nunca a esse ponto. Evidente que já fiz provas maiores, notavelmente a de vibrações, cerca de um ano e meio atrás, que durou quase 5 horas.

Tentei assistir o Samurai do Entardecer, que passava na tv cultura a hora que cheguei. Parece um filme bastante interessante, mas não saberia dizer mais que isso, minha durabilidade venceu muito antes da metade do filme. Embarquei num sono leve, quase uma consciência torpe, em que a casa estava em chamas, mas eu preferia continuar cochilando no sofá: "depois eu dou um jeito".

Só me levantei dalí, assustado, porque se houvesse de fato um incêndio talvez isso trouxesse conseqüências mais graves para o cachorro e as tartarugas. Ainda desorientado em referências oníricas me certifiquei que as diminutas criaturas estavam bem. E amaldiçoei por não haver fogo nenhum.

novembro 12, 2008

Comecei
Tá, óbvio que não fui eu...

O Wolvie tem absoluta razão nos 3 pontos levantados em seus comentário. Acredito já ter falado bastante sobre os dois primeiros. E o terceiro... bem confesso que não imaginei que, aquele pessoalzinho cabeça fechada não ia eleger um desses tão cedo. Pra não dizerem que é negligência, aí vai:

novembro 07, 2008

Eu Não
haggard wisdom bitterly spits in the face of hate

Não escreverei sob a influência da ansiedade.

novembro 06, 2008

Nem Tanto Entusiasmo Assim
no intervalo

Fazem quase dois anos que executaram Saddam, ditador do Iraque. Nessa semana elegeram outro Hussein pra ser presidente, do mundo inteiro.

"A comunidade internacional" está muito entusiasmada com a vitória do candidato democrata. Estão por aí muito felizes com a história da "prevalência da democracia". Como se o fato do homem ter uma maior concentração de melanina na sua pele fizesse ele de fato diferente. Comicamene a KKK, agora, diz que ele não é negro de fato, apenas mulato. Mas pior que isso, tem quem compare com a (re)eleição de um torneiro mecânico alcólatra que se orgulhar de ter pouca educação. Gente, isso, sim, é racismo.

Mas vale levantar,ainda no percurso eleitoreiro, Obama foi eleito depois de dois mandatos(atenção: 8 anos) do presidente mais desacreditado da história estado-unidense, que conseguiu a marca mais baixa de QI dentre os gestores daquele país, que lançou duas guerras sem sentido contra países subdesenvolvidos e não saiu vitorioso de nenhuma das duas, e que não bastasse viu exlodir na sua mão uma crise de proporções históricas às portas da eleição. Nesse cenário fica impossível não perguntar: Será que Obama ganhou, ou foi Bush que perdeu?

E iria mais além, com um campanha batendo tanto na tecla da mudança e com um grupo de adversários tão desajeitado, quem não ganharia?

No seu discurso de posse o futuro presidente comoveu muita gente, mas foi comedido, escolheu cuidadosamente as palavras:

"O caminho à frente será longo. Nossa subida será íngreme. Nós podemos não chegar lá em um ano ou mesmo em um período. Mas eu nunca estive mais esperançoso como esta noite de que chegaremos lá.

Falta perceber que apesar de haver uma notável diferença nos níveis de concentração de melanina, isso não é suficiente pra que a tal mudança ocorra, por mais extraordinário que isso seja lá. Está eleito o primeiro presidente negro da história dos estados unidos, resta saber se está a altura dos desafios nada triviais que terá de enfrentar.

novembro 02, 2008

Carta a um Nemesis
ou seria um amigo?

Notorious,

Excuse me the lack of treatment, but I cannot find in myself to address you as it would be appropriate.

It's been a long time since our paths last crossed. Back then we served under the same flag. One that no longer exists. I warn you, back then I was too scared of accusing some one such as yourself of treason and conspiracy. And while everyone knows it was not you who did it, we both know that's not the important part. I cannot prove you ordered it, likewise you cannot disprove.

I know not what your intentions are, but the very sight of a poisonous snake such as yourself breeds distrust. And while I have not acquired the slightest piece of respect for your doings, they have not yet ceased to confuse me. And while your words hold no great secrecy as they claim to do, I cannot discern how does that improve your objectives in any way.

I warn you. My late master repeatedly said that one mistake does not authorize another. And long have I heed those words. Your audition will be granted, but should I find you meddling with deception, and plotting my descent once more, I will slay you.
Lab Rat
e a insandice das imagens projetadas

Ontem conversei com o Bruno, que é um primo do meu primo, mas que não é primo meu, e não sou eu (evidentemente) e também não é o Tony Blair. Ele contava de sua banda que já tinha tocado em alguns bares, e que estava indo consideravelmente bem. A banda se chama Cleaver. "Como o machado do açogueiro", ele adicionou.

Nesse momento a primeira coisa que me veio à cabeça foi a arma do primeiro "chefão" do Diablo (aquele jogo do final de 1996). Mas seria isso mais improvável do que essa ser de fato a origem do nome da banda??

OK, eu admito, a palavra insandice não existe de acordo com dicionários, mas deu pra entender.

novembro 01, 2008

52 ways
mas duas são iguais

Não o que é pior, se é a azia permanente, se é a falta de direção, ou se o fato da situação me fazer lembrar da música do caetano veloso.

...

Tá bom, eu sei sim.